As cotações da soja tiveram na segunda-feira (18.12) um dia de fortes baixas generalizadas dos preços no mercado físico do interior brasileiro, acompanhando o viés observado na Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços desceram entre 0,57% no interior e 0,82% nos portos.
Segundo a T&F, os preços estão fortemente ligado ao resultado que tiver a safra argentina, que não está definida ainda: “E todos sabemos como o clima é caprichoso: pode confirmar ou ir contra todas as expectativas, de modo que é preciso ‘comprar’ a situação do momento, tal como se apresenta. E, neste momento, ela se apresenta de baixa, a curto prazo”.
FUNDAMENTOS
“As chuvas finalmente voltaram para a Argentina no fim de semana, com quantidades de precipitação de 1.5 a 3 polegadas (38-76 mm) relatadas no sul do leste de Córdoba, sul de Santa Fé, Entre Rios e leste de Buenos Aires. As chuvas levaram a melhorias notáveis na umidade do solo [...] mais chuvas ainda serão necessárias para acabar com a secura no norte e centro da Argentina”, avalia o serviço meteorológico MDA.
A Consultoria AgResource corrobora chuvas expressivas presentes sobre grande parte do leste e norte da Argentina neste último fim de semana: “Índices pluviométricos de 10 a 50 mm cobriram quase 65% da área sojicultora do país. No entanto, as previsões para os próximos 15 dias trazem pontos de preocupação. As chuvas mais expressivas vêm se concentrando sobre o norte da Argentina, deixando o Centro e Leste do país sem novas rodadas de precipitações significantes, neste fim de 2017”.
De acordo com os analistas da ARC, a confirmação deste padrão poderá trazer pontos de alerta para o mercado: “No Brasil, as chuvas parecem se regularizar, com rodadas consecutivas a cada 5 dias com índices pluviométricos acima dos 20 mm previstos para estas próximas duas semanas, por todo o país. A região do Extremo Sul do Brasil ainda poderá presenciar um padrão mais árido, asemelhado ao leste da Argentina”.
Fonte: Agrolink
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