25
jul
2023
Ciclone no Sul e muitas chuvas no Nordeste

Até o final do mês, as chuvas devem ocorrer nas extremidades do país, como no extremo norte, costa leste e região Sul. Em alguns setores as condições indicam chuvas significativas, como é o caso do leste do nordeste. 

Ainda nesta semana, um novo ciclone pode se formar na Bacia do Prata – entre a Argentina e Uruguai – entre quarta e quinta-feira. Mas ao contrário dos ciclones que atingiram o Rio Grande do Sul, entre o final do mês de junho e meados de julho, este sistema deverá atuar de forma mais significativa no oceano. 

Mesmo assim, algumas rajadas de vento podem ser registradas no sudeste e leste do estado gaúcho. Após a configuração do sistema no oceano, uma frente fria deve levar chuvas mais abrangentes até o sul do Mato Grosso do Sul e impulsionar uma massa de ar frio, que vai diminuir o calor intenso e trazer condições para geadas fracas e pontuais.

As instabilidades também devem ser comuns entre a costa da região Sudeste – até o leste de Minas Gerais – e leste do Nordeste. No recôncavo Baiano as chuvas devem superar os 75 mm ao longo do período, de acordo com a previsão por conjunto. Portanto, não surpreende se esses valores forem superados pontualmente.

Essas chuvas mais persistentes estão reduzindo o ritmo da colheita do café em áreas de Minas, Espírito Santo e sul da Bahia. Além de aumentar a pressão de fungos na secagem e armazenagem do grão.

Agora, em áreas do Brasil central, as condições seguem com o predomínio de tempo seco e quente. Combinação que acelera a perda de umidade do solo e das plantas, aumenta o risco de incêndios e traz uma redução na produtividade animal em função do desconforto térmico.  Por outro lado, o tempo seco contribui para a maturação e colheita das lavouras. 

Sul 

A presença de uma frente fria no começo da semana e a formação de um novo ciclone entre quarta (26) e quinta (27), garantem chuvas regulares sobre o estado do Rio Grande do Sul. Essas instabilidades podem trazer volumes superiores aos 50 mm no decorrer do período. As chuvas avançam em Santa Catarina e Paraná, na forma de uma frente fria, com previsão de até 30 mm. Após o avanço da frente fria, uma massa de ar frio deve chegar à região, trazendo a possibilidade de geadas fracas e restritas às regiões historicamente mais frias. Em relação às lavouras, as chuvas estão garantindo uma boa disponibilidade de umidade para trigo, mas vem atrasando o final do ciclo do milho safrinha.

Sudeste

A região terá o predomínio de tempo firme em praticamente todos os setores, com exceção apenas das áreas mais próximas ao litoral e leste de Minas Gerais. As chuvas na faixa leste, estão limitando o avanço nas operações de colheita e secagem do café, ao passo que garantem uma boa disponibilidade de água para a cana-de-açúcar. Já o tempo seco é muito oportuno para o avanço da colheita do algodão, feijão, sorgo e do milho safrinha. 

Centro-Oeste

O avanço de uma frente fria, deve levar chuvas ao sul do Mato Grosso do Sul, com potencial para volumes de até 15 mm nas imediações de Iguatemi. Nas demais áreas do centro-oeste, as chances para chuvas são muito baixas – com exceção do leste do Mato Grosso e na região de  Alta Floresta. O tempo seco, vem contribuindo com o avanço nas operações de colheita e acelerando a maturação das lavouras. Porém, as elevadas temperaturas e os baixos índices de umidade que devem ocorrer ao longo dos próximos dias, reduzirá a disponibilidade de água no solo.

Nordeste

A semana será de muita chuva no leste do nordeste, com uma resposta das instabilidades que surgem no oceano e chegam à costa. Essas chuvas podem interromper momentaneamente as operações de colheita e secagem do café, especialmente no sul da Bahia. Por outro lado, essas chuvas garantem uma boa disponibilidade de umidade nas áreas de produção açucareira. A tendência é de que as chuvas avancem até o centro do estado baiano e o tempo seco persista no oeste da Bahia até o centro-norte do Piauí, abrangendo também o sul do Maranhão e sul do Ceará.

Norte

Apesar da previsão indicar algumas instabilidades na parcela central e sudoeste da região norte, os volumes previstos para o período de 7 dias são muito baixos, como 8 mm em Porto Velho (RO), 24 mm em Tarauacá (AC) e 16 mm em Itacoatiara (AM). Já em áreas do sul do Pará e praticamente todo o estado do Tocantins o predomínio será de tempo seco. Essa condição vem contribuindo com as operações de colheita do café em Rondônia e de milho (1ª e 2ª safra) no Pará e Tocantins. O que vem chamando atenção na previsão da semana, são as temperaturas muito acima da média histórica e os baixos índices de umidade, que agravam a situação dos incêndios florestais.

Fonte: Agrolink.

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