27
jun
2013
Chuvas intensas devem afetar produtividade do trigo no Paraná, aponta Deral
As lavouras de trigo do Paraná, grande produtor do cereal no país, deverão registrar perdas de produtividade pelas chuvas intensas que atingem o Estado há cerca de dez dias, afirmou um especialista do Departamento de Economia Rural (Deral) na terça-feira (25).
A produtividade agrícola deverá ser afetada principalmente por doenças fúngicas, que encontram um ambiente favorável com o tempo chuvoso prolongado. Para complicar a situação dos produtores, há previsões de precipitações para o Estado até o fim desta semana.
"O pessoal está tendo dificuldade para aplicação de fungicidas. Deve afetar a produtividade do trigo. O quanto vai afetar é que é difícil falar", afirmou o coordenador da Divisão de Estatística do Deral, Carlos Hugo Godinho.
Uma boa produção no Paraná ajuda a reduzir a necessidade de importação do Brasil, um importador líquido do cereal.
Segundo o especialista da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, as chuvas dificultam ainda a aplicação de fungicidas.
"O efeito das chuvas só poderá ser dimensionado daqui a um mês mesmo... Só vamos conseguir saber o quanto influenciou quando estiver colhendo", completou Godinho.
O Paraná ainda está em fase de plantio, que também tem sido atrasado pelas chuvas.
Segundo ele, na próxima estimativa de área plantada, a ser divulgada nesta semana, o Deral deverá apontar um aumento de área para mais de 900 mil hectares, contra a estimativa em maio de 897 mil hectares, com produtores apostando no cereal em função de preços favoráveis.
Em maio, o Deral apontou que o Estado poderia produzir 2,6 milhões de toneladas, ou cerca de metade da safra nacional, estimada pelo Ministério da Agricultura em 5,5 milhões de toneladas.
No relatório desta semana, dificilmente o Deral conseguirá apontar alterações nas produtividades atualmente estimadas em 2.926 kg por hectare.
Em 2009, as chuvas também afetaram fortemente a produtividade média, que não chegou a 2.100 kg/ha no Estado.
ÁREAS ALAGADAS
Segundo a Somar Meteorologia, em Toledo (PR) choveu no acumulado do mês até esta terça-feira 243 milímetros, valor 112 por cento acima da média do mês. Em Ponta Grossa, o volume total de chuvas em junho chega a 255 mm, 160 por cento superior à média climatológica para o mês.
"Essa chuvarada toda tem prejudicado não só o andamento do plantio... mas também o desenvolvimento das lavouras... essas chuvas têm afetado o pegamento da florada e consequentemente haverá uma redução nos potenciais produtivos dessas lavouras", disse em relatório o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Somar.
Outro problema tem relação com alagamentos de algumas áreas. "Isso irá comprometer a germinação. Sendo necessário o replantio dessas áreas", escreveu ele.
No Rio Grande do Sul, outro importante produtor de trigo do país, a situação é um pouco melhor, acrescentou a Somar, já que os volumes de chuvas não estão trazendo prejuízos aos produtores. O plantio gaúcho já chega a 60 por cento da área estimada.
A produtividade agrícola deverá ser afetada principalmente por doenças fúngicas, que encontram um ambiente favorável com o tempo chuvoso prolongado. Para complicar a situação dos produtores, há previsões de precipitações para o Estado até o fim desta semana.
"O pessoal está tendo dificuldade para aplicação de fungicidas. Deve afetar a produtividade do trigo. O quanto vai afetar é que é difícil falar", afirmou o coordenador da Divisão de Estatística do Deral, Carlos Hugo Godinho.
Uma boa produção no Paraná ajuda a reduzir a necessidade de importação do Brasil, um importador líquido do cereal.
Segundo o especialista da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, as chuvas dificultam ainda a aplicação de fungicidas.
"O efeito das chuvas só poderá ser dimensionado daqui a um mês mesmo... Só vamos conseguir saber o quanto influenciou quando estiver colhendo", completou Godinho.
O Paraná ainda está em fase de plantio, que também tem sido atrasado pelas chuvas.
Segundo ele, na próxima estimativa de área plantada, a ser divulgada nesta semana, o Deral deverá apontar um aumento de área para mais de 900 mil hectares, contra a estimativa em maio de 897 mil hectares, com produtores apostando no cereal em função de preços favoráveis.
Em maio, o Deral apontou que o Estado poderia produzir 2,6 milhões de toneladas, ou cerca de metade da safra nacional, estimada pelo Ministério da Agricultura em 5,5 milhões de toneladas.
No relatório desta semana, dificilmente o Deral conseguirá apontar alterações nas produtividades atualmente estimadas em 2.926 kg por hectare.
Em 2009, as chuvas também afetaram fortemente a produtividade média, que não chegou a 2.100 kg/ha no Estado.
ÁREAS ALAGADAS
Segundo a Somar Meteorologia, em Toledo (PR) choveu no acumulado do mês até esta terça-feira 243 milímetros, valor 112 por cento acima da média do mês. Em Ponta Grossa, o volume total de chuvas em junho chega a 255 mm, 160 por cento superior à média climatológica para o mês.
"Essa chuvarada toda tem prejudicado não só o andamento do plantio... mas também o desenvolvimento das lavouras... essas chuvas têm afetado o pegamento da florada e consequentemente haverá uma redução nos potenciais produtivos dessas lavouras", disse em relatório o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Somar.
Outro problema tem relação com alagamentos de algumas áreas. "Isso irá comprometer a germinação. Sendo necessário o replantio dessas áreas", escreveu ele.
No Rio Grande do Sul, outro importante produtor de trigo do país, a situação é um pouco melhor, acrescentou a Somar, já que os volumes de chuvas não estão trazendo prejuízos aos produtores. O plantio gaúcho já chega a 60 por cento da área estimada.
Fonte: Reuters