Chuvas ao longo do fim de semana e o início desta semana devem contribuir para o avanço do plantio de soja da safra 2017/18 no Brasil, que, por ora, está atrasado em relação ao observado um ano atrás em razão da estiagem em setembro, segundo boletim meteorológico da Rural Clima divulgado nesta segunda-feira.
De acordo com o agrometeorologista da empresa, Marco Antonio dos Santos, as chuvas atingiram as regiões produtoras do Sul, Sudeste e Centro-oeste, “elevando os níveis de umidade do solo, garantindo melhores condições tanto ao plantio da nova safra de soja quanto ao desenvolvimento das lavouras já semeadas”.
No boletim, ele disse que a previsão aponta para precipitações também consistentes até terça-feira, sendo que a partir de quarta-feira as chuvas devem ser pontuais, com os maiores volumes acumulados apenas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Volumes mais significativos devem ser registrados na 2ª quinzena de outubro.
A maior umidade nesta virada de mês ocorre em um momento em que o plantio de soja no Brasil alcança somente 1,5 por cento da área, ante 4,8 por cento há um ano atrás, conforme monitoramento da consultoria AgRural.
No entanto, para Santos, da Rural Clima, as chuvas de agora não revertem os problemas com a semeadura do milho de 1ª safra após a seca no mês passado.
“A ausência de chuvas durante o mês de setembro ocasionou a total paralisação do plantio e até mesmo perdas naquelas lavouras que foram semeadas no início do mês. Assim, há uma tendência de que a área a ser cultivada este ano venha a sofrer uma redução ainda mais drástica”, comentou o agrometeorologista.
OUTRAS CULTURAS
Conforme a Rural Clima, as chuvas devem contribuir para que os cafezais do país, cuja colheita se dará no próximo ano, tenham a “principal” florada do ciclo.
As precipitações foram observadas nas importantes áreas produtoras de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
Quanto à cana-de-açúcar, a Rural Clima destacou que as chuvas ao longo do fim de semana provocaram atrasos nos trabalhos de colheita, mas ponderou que a umidade de agora está “beneficiando o desenvolvimento das lavouras que irão ser colhidas nesses próximos meses, bem como aquelas que estão em fase de rebrota ou mesmo que foram plantadas”.
Fonte:Reuters
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