21
mar
2013
Chuvas atrapalham colheita e embarques de soja no Paraná
Gustavo Bonato
SÃO PAULO - As chuvas no Paraná, segundo maior Estado produtor de soja do Brasil, estão atrapalhando a fase final de colheita e os embarques em Paranaguá, disseram entidades na quarta-feira.
O porto no litoral paranaense, que junto com Santos lidera as exportações da oleaginosa, esteve parado por um total de 27 dias desde janeiro até a terça-feira, reduzindo o volume embarcado, informou a autoridade portuária.
O corredor de exportação de Paranaguá movimentou, nos dois primeiros meses do ano, 2 milhões de toneladas de grãos, mas este volume poderia ter sido maior --num momento em que há filas de dezenas de navios, grande demanda internacional e reclamações por atrasos nos embarques.
Caso o tempo tivesse colaborado, Paranaguá poderia ter escoado, no mês de março, o dobro do volume que foi embarcado até agora, disse a superintendência local. Quando chove, os embarques são suspensos.
"Além da chuva que tem nos prejudicado, ainda temos a complicação de estar trabalhando simultaneamente com dois produtos. O milho ainda está sendo escoado, o que concorre com o escoamento da soja. Mas pela programação de navios vemos que estão nomeadas poucas embarcações para receber o milho e dentro de poucos dias poderemos dar vazão à soja", disse o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino, na nota.
Dados do site Paranaguá Pilots, empresa que oferece serviços de praticagem (pilotagem), mostram que havia na quarta-feira 84 navios graneleiros esperando para atracar. Na maioria dos casos, as embarcações têm que aguardar mais de um mês para atracar.
Analistas atribuem a fila aos atrasos nos embarques causados pelas chuvas, mas também à grande procura, a qual os terminais não têm capacidade de atender rapidamente.
Na terça-feira, uma empresa chinesa anunciou o cancelamento de vários carregamentos de soja do Brasil em função dos atrasos para embarques nos portos nacionais.
COLHEITA
Enquanto isso, as precipitações também atrapalham os trabalhos de colheita nas lavouras paranaenses.
Técnicos da Secretaria Estadual de Agricultura relataram paralisação em diversas regiões.
"Hoje, no início do período com tempo nublado, a colheita está paralisada e os produtores estão muito apreensivos com a qualidade do milho e soja que se encontra na lavoura", escreveu o técnico Luiz Carlos Otomaier, que monitora a região de União da Vitória, em um boletim diário distribuído pela secretaria.
Na região de Laranjeiras do Sul, "a colheita da soja pouco andou na última semana", segundo o boletim.
"Escoamento da safra das propriedades até a indústria e cooperativas continua com problemas devido alguns atoleiros em várias estradas da região", relatou José Roberto Tosato, técnico da região de Ponta Grossa.
Nos próximos dias, com o deslocamento de uma nova frente fria sobre o Sul do Brasil, há risco de novos temporais, previu a Climatempo Meteorologia, em nota.
"Por causa do excesso de chuva, a colheita da soja está prejudicada, o que influencia na semeadura do milho safrinha. Normalmente, uma máquina faz a colheita e, na sequência, outro equipamento faz a semeadura. Nas últimas semanas, os agricultores já deram início à colheita, mas ainda há expectativa de mais pancadas de chuva", disse o instituto de meteorologia.
Levantamentos de consultorias mostram que pelo menos um terço da área de soja do Paraná ainda precisa ser colhida.
SÃO PAULO - As chuvas no Paraná, segundo maior Estado produtor de soja do Brasil, estão atrapalhando a fase final de colheita e os embarques em Paranaguá, disseram entidades na quarta-feira.
O porto no litoral paranaense, que junto com Santos lidera as exportações da oleaginosa, esteve parado por um total de 27 dias desde janeiro até a terça-feira, reduzindo o volume embarcado, informou a autoridade portuária.
O corredor de exportação de Paranaguá movimentou, nos dois primeiros meses do ano, 2 milhões de toneladas de grãos, mas este volume poderia ter sido maior --num momento em que há filas de dezenas de navios, grande demanda internacional e reclamações por atrasos nos embarques.
Caso o tempo tivesse colaborado, Paranaguá poderia ter escoado, no mês de março, o dobro do volume que foi embarcado até agora, disse a superintendência local. Quando chove, os embarques são suspensos.
"Além da chuva que tem nos prejudicado, ainda temos a complicação de estar trabalhando simultaneamente com dois produtos. O milho ainda está sendo escoado, o que concorre com o escoamento da soja. Mas pela programação de navios vemos que estão nomeadas poucas embarcações para receber o milho e dentro de poucos dias poderemos dar vazão à soja", disse o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino, na nota.
Dados do site Paranaguá Pilots, empresa que oferece serviços de praticagem (pilotagem), mostram que havia na quarta-feira 84 navios graneleiros esperando para atracar. Na maioria dos casos, as embarcações têm que aguardar mais de um mês para atracar.
Analistas atribuem a fila aos atrasos nos embarques causados pelas chuvas, mas também à grande procura, a qual os terminais não têm capacidade de atender rapidamente.
Na terça-feira, uma empresa chinesa anunciou o cancelamento de vários carregamentos de soja do Brasil em função dos atrasos para embarques nos portos nacionais.
COLHEITA
Enquanto isso, as precipitações também atrapalham os trabalhos de colheita nas lavouras paranaenses.
Técnicos da Secretaria Estadual de Agricultura relataram paralisação em diversas regiões.
"Hoje, no início do período com tempo nublado, a colheita está paralisada e os produtores estão muito apreensivos com a qualidade do milho e soja que se encontra na lavoura", escreveu o técnico Luiz Carlos Otomaier, que monitora a região de União da Vitória, em um boletim diário distribuído pela secretaria.
Na região de Laranjeiras do Sul, "a colheita da soja pouco andou na última semana", segundo o boletim.
"Escoamento da safra das propriedades até a indústria e cooperativas continua com problemas devido alguns atoleiros em várias estradas da região", relatou José Roberto Tosato, técnico da região de Ponta Grossa.
Nos próximos dias, com o deslocamento de uma nova frente fria sobre o Sul do Brasil, há risco de novos temporais, previu a Climatempo Meteorologia, em nota.
"Por causa do excesso de chuva, a colheita da soja está prejudicada, o que influencia na semeadura do milho safrinha. Normalmente, uma máquina faz a colheita e, na sequência, outro equipamento faz a semeadura. Nas últimas semanas, os agricultores já deram início à colheita, mas ainda há expectativa de mais pancadas de chuva", disse o instituto de meteorologia.
Levantamentos de consultorias mostram que pelo menos um terço da área de soja do Paraná ainda precisa ser colhida.
Fonte: Reuters