25
jan
2016
Chuvas: Colheita segue lenta no país

Enquanto o Sul teve outra semana de tempo seco, nas outras regiões do país as chuvas acima da média seguiram atrapalhando a colheita da safra 2015/16 de soja, afirma a Consultoria AgRural. No Centro-Oeste, à alta umidade alia-se o plantio atrasado, que contribui para que a saída do grão das lavouras seja mais lenta. Até esta última sexta-feira, 1,5% da área brasileira de soja estava colhida, atrás dos 3,5% do ano passado e dos 2% da média de cinco anos.

Em Mato Grosso, o sol apareceu durante parte da semana, mas as chuvas continuam frequentes. O atraso também é resultado dos problemas no plantio. Até agora, 3,6% da área está colhida, contra 7,4% no ano passado. Em Nova Mutum, no médio norte, a soja precoce está rendendo de 25 a 40 sacas por hectare, mas áreas tardias devem compensar parte das perdas causadas pela estiagem. No oeste, lotes estão saindo com até 25% de umidade, mas há apenas casos pontuais de perdas de qualidade. No sul do Estado, quem tem soja dessecada aproveitou os dias de sol para colher.

Em Goiás, o índice está em 0,3%, abaixo dos 3% de um ano atrás. Em Jataí, no sudoeste, 12% da soja estão em maturação e a colheita ainda é pontual devido às chuvas. No entorno de Brasília, apenas talhões irrigados estão prontos. Mato Grosso do Sul, por sua vez, tem 0,6% da área colhida, contra 2% há um ano. A alta umidade no início de janeiro tem feito alguns lotes saírem com até 12% de avariados em Dourados.

No Paraná, as máquinas passaram por 2,3% da área, contra 5% em 2015. Com o tempo firme e previsão de chuva para a próxima semana, a colheita começou a ganhar ritmo no oeste. Em Ponta Grossa, 10% da soja estão em maturação e a colheita deve começar na próxima semana. No norte, as chuvas da primeira quinzena causaram apenas estragos isolados.

No Rio Grande do Sul, os produtores estão ansiosos pela chuva prevista para a semana que vem. Em Passo Fundo, a soja mais precoce está em formação de vagem e os dias de sol são favoráveis à cultura depois de toda a umidade do início da safra. Em Ijuí, 15% estão formando canivetes e, apesar do tempo seco, ainda não há relatos de perdas.

Em São Paulo 2% da área foi colhida. No sul, dias de sol possibilitaram a colheita em áreas dessecadas. No norte, os primeiros lotes em áreas de pivô saíram com até 18% de umidade. Em Minas, a umidade impediu a colheita em áreas de pivô do Triângulo. Em Unaí, há casos pontuais de grãos brotados.

O Matopiba continua recebendo grandes volumes de chuva. No oeste baiano, há soja em ponto de colheita em alguns pivôs e os produtores estão preocupados com perdas na qualidade por excesso de umidade. Há relatos de soja brotando nas vagens. Em Balsas (MA), algumas fazendas receberam 100 mm no início da semana. No sul do estado, as primeiras áreas serão colhidas na primeira quinzena de fevereiro. No sul de Tocantins, não se espera que as áreas mais afetadas pela estiagem se recuperem mesmo após a volta das precipitações. Mas em Pedro Afonso, no norte, as lavouras têm bom potencial. No Piauí, 10% da área ainda precisa ser plantada. Os primeiros talhões estão iniciando a floração e têm problemas de stand.

 

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