A chuva é sempre bem-vinda na lavoura, mas na região Sul, o volume acima da média preocupa muitos agricultores. No Paraná, o segundo estado que mais produz soja no país, os produtores temem prejuízos.
No oeste do Paraná, um dia nublado, mas sem chuva tem sido comemorado no campo. É que a chuva que caiu em novembro ficou mais de 41% acima da média esperada para o mês. Em algumas regiões do estado foi o novembro mais chuvoso da história e quem planta soja como Erwin Soliva tem tido dificuldades para aplicar os defensivos na lavoura.
"A umidade em excesso, não tem como a gente aplicar. Você aplica, vem a chuva e joga para baixo, então a gente procura aplicar no momento correto para que a eficiência do produto seja maior", conta.
Depois de tanto atraso, o produtor finalmente conseguiu fazer a aplicação contra lagartas e a ferrugem asiática, a doença mais agressiva, mas Erwin sabe que é arriscado.
Com o excesso de chuva, a situação da lavoura vai ficando mais complicada. A falta de sol prejudica o desenvolvimento da planta e a umidade facilita o surgimento de pragas. Em uma lavoura que foi plantada há mais ou menos dois meses, as plantas já dão os primeiros sinais de doença. São pequenas manchas amarelas.
Erwin diz que elas podem ser sinal de deficiência nutricional e até de fungo, problema que pode ocorrer em outras lavouras.
A soja vai ocupar 5,2 milhões de hectares no Paraná, 90% da área está plantada e a Secretaria de Agricultura espera um aumento de 6% na produção. A área plantada com soja no Paraná deve crescer 3% nesta safra de verão.
Fonte: Globo Rural
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