Nesta quarta-feira (03/01), poucas áreas do país terão predomínio de tempo seco. Apesar disso, o comportamento das instabilidades devem seguir um padrão típico da época do ano, ou seja, pancadas isoladas, irregulares, passageiras e com forte intensidade.
São esperadas tempestades na região Sul, que podem trazer acumulados superiores aos 40 mm no decorrer de 24 horas.
Bem como na região nordeste, onde as instabilidades serão reforçadas pela presença de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) – esse vórtice é resultado de uma de baixa pressão nos níveis mais altos da atmosfera, com ventos que giram no sentido horário e provocam o levantamento do ar nas suas imediações.
O resultado dessas instabilidades pode ser chuvas localmente fortes, com previsão de volumes intensos em curtos períodos de tempo.
Nas demais regiões do país, as chuvas acontecem, principalmente no período da tarde, mas apresentando uma distribuição muito irregular. Ainda faz calor, como em Mato Grosso do Sul e no oeste de São Paulo.
Região Norte:
As instabilidades acontecem sobre a região, como o esperado para a época do ano, contudo há uma má distribuição dessas chuvas. A tendência é de que áreas do norte da região terão a presença do tempo firme e temperaturas elevadas. Ao mesmo tempo, áreas de Rondônia, Acre e Sul do Amazonas, devem receber as chuvas mais pesadas, com previsão entre 20 e 30 mm. Já no Pará e Tocantins, apesar dos volumes menores que 10 mm – conforme a média das projeções – as instabilidades podem ser melhor distribuídas.
Região Nordeste:
Os corredores de umidade e as instabilidades na parcela central do Brasil, favorecem a ocorrência de chuvas sobre a região Nordeste. Além disso, a presença do VCAN atua como um intensificador dessas instabilidades. Portanto, são esperadas chuvas volumosas e abrangentes sobre a região, com destaque para o estado da Bahia e Piauí, onde os acumulados podem superar a marca dos 30 mm de maneira localizada. Apenas setores mais próximos ao litoral e no nordeste do nordeste, as condições de chuvas são mais escassas, mas não nulas. E com a maior presença das chuvas e das nuvens carregadas, espera-se uma quarta com temperaturas menos intensas.
Região Centro-Oeste:
Uma série de fatores devem contribuir com a formação das nuvens carregadas sobre a região, dentre eles os mais relevantes são as instabilidades causadas pelo calor e umidade, o forte suporte de umidade vindo da região norte. Mesmo assim, as chuvas devem acontecer de maneira isolada e passageira , com os maiores volumes ocorrendo ao norte de Mato Grosso e norte de Goiás, onde os registros podem variar entre os 10 e 40 mm, de acordo com a média das projeções. A tendência indica uma maior irregularidade das chuvas sobre o Mato Grosso do Sul, o que deve resultar então em temperaturas mais elevadas no estado.
Região Sudeste:
Áreas de instabilidade devem permanecer ativas sobre a região, provocadas, principalmente, pelo fator termodinâmico – combinação entre o calor e umidade. Apesar disso, ainda são esperadas pancadas de chuvas isoladas e passageiras, mesmo que sejam localmente fortes na forma de temporais. Vale ressaltar que, sobre o estado de Minas Gerais, a maior presença de nebulosidade deve manter as temperaturas no períoodo da tarde em patamares mais amenos, com previsão de valores abaixo dos 30°C na parcela central do estado. Por outro lado, o oeste do estado de São Paulo ainda deve registrar temperaturas elevadas, perto ou acima dos 35°C.
Região Sul:
A presença de um cavado – região alongada de baixa pressão – deve garantir condições elevadas para formação de chuvas sobre a região. Além disso, os ventos oceânico, contribuem com o fornecimento de umidade para a região costeira, onde estão previstas tempestades no decorrer do dia. Esses temporais podem ser acompanhados de eventos de tempo adverso, como queda de granizo, chuvas intensas em curtos períodos de tempo e vendavais. Os maiores registros devem superar a casa dos 40 mm no período de 24 horas, particularmente no nordeste do Rio Grande do Sul e leste de Santa Catarina. Por outro lado, a tendência indica menor possibilidade de chuvas em setores do oeste da região, com destaque para o oeste gaúcho.
Fonte: Agrolink.
Volte para a Listagem