A maior província de grãos da China está oferecendo subsídios a agricultores no valor de 150 iuanes (22,46 dólares) por mu (0,067 hectare) para trocarem o plantio de milho por soja, conforme busca reduzir a produção do cereal em meio ao enorme excesso de oferta.
A medida, parte de uma grande revisão da política de grãos de Pequim, deve impulsionar significativamente o plantio de soja no próximo ano, embora seja improvável uma redução nas importações do maior comprador de soja do mundo.
Na sua política anterior, Pequim comprou milho a preços inflacionados para estoques, incentivando os agricultores a plantarem mais e mais o grão em detrimento da soja. Isso deixou a China com enormes reservas de milho e incentivou um aumento das importações de substitutos do milho mais baratos.
De acordo com documento publicado pelo governo de Heilongjiang, a província vai tentar o "subsídio rotativo" de três a cinco anos, incluindo na parte norte, a mais fria da província, bem como em outras áreas que tradicionalmente plantam soja.
No total, cerca de 6,5 milhões de mu (433 mil hectares) da antiga área de milho deve se beneficiar do subsídio, disse o instituto oficial de pesquisa Centro Nacional de Óleos e Grãos da China nesta segunda-feira.