O Brasil deverá semear um recorde de 36,2 milhões de hectares com soja na safra 2018/19, cujo plantio tem início em setembro, com a produção também atingindo uma marca histórica de 119,6 milhões de toneladas, projetou nesta terça-feira a consultoria Céleres em sua primeira estimativa para o novo ciclo.
Caso se confirme, a área plantada apresentará crescimento de 3,1 por cento ante 2017/18, ao passo que o volume colhido avançará 0,7 por cento. Tal produção só será possível graças ao plantio maior, uma vez que a Céleres prevê rendimento 2,4 por cento inferior, a 3,31 toneladas por hectare.
Segundo a consultoria, a área de soja só não será maior por conta do aumento do plantio de milho verão, principalmente, o que deve resultar em uma safra do cereal superior a 100 milhões de toneladas pela primeira vez.
Conforme a Céleres, o cenário é favorável ao sojicultor após boa rentabilidade no ano passado e perspectivas favoráveis de margens neste.
“A rentabilidade operacional esperada para safra 2018/19 está estimada em 1.191 reais por hectare, em média, o equivalente a 32 por cento de margem operacional. Mesmo considerando os cenários de produtividade inferior, não se projeta margens negativas para o sojicultor brasileiro em 2018/19”, afirmou a Céleres.
“Apesar de ser menor que a rentabilidade efetiva na safra 2017/18, as margens projetadas se mostram elevadas e deverão incentivar o aumento de área por parte do produtor”, acrescentou a consultoria, destacando que o câmbio, os preços internacionais e o tabelamento de fretes figuram como fatores de risco aos produtores do Brasil, o maior exportador global da oleaginosa.