O mercado da soja teve uma sessão de intensa volatilidade nesta terça-feira na Bolsa de Chicago, oscilando várias vezes entre os campos positivo e negativo. Ao final prevaleceu certa pressão, embora os preços tenham se recuperado e fechado distante dos piores momentos. A elevação da taxa de juros na China e, em menor grau, a elevação, no Brasil, do IOF sobre o ingresso de recursos do exterior para aplicação em renda fixa e variável acabaram provocando valorização do dólar e, em conseqüência, encarecendo os produtos cotados nesta moeda.
Todos os demais mercados recuaram de forma acentuada, sobretudo ações, petróleo e metais. Por outro lado, no que se refere à soja, os fundamentos seguem sólidos, com forte demanda e sinalização de que o clima na América do Sul – em ano de La Niña – sugere manter um prêmio de risco sobre os preços. A posição novembro fechou a U$ 11,80, perdas de 4 cents/bu e a posição janeiro, a U$ 11,9150, baixa de 3,5 cents/bu.
Colheita – A colheita de soja dos EUA apresenta ritmo recorde. De acordo com o boletim de progresso de safra do USDA, os trabalhos já estão finalizados em 83% das lavouras, ante 29% da mesma data do ano passado. Houve avanço de 16 pontos percentuais no decorrer da semana. Na média histórica o índice é de 62% para esta data.
Mercado interno – Foram observados negócios em diversas regiões, com destinação quase que exclusiva pra o segmento industrial. As exportações andam devagar, dado o adiantado da estação e também por causa do consumo interno, que absorve por inteiro os volumes remanescentes ao fim de cada ciclo. Os preços se apresentaram em elevação em razão da arrancada do câmbio, que teve momentos de alta de até 3,5 centavos por dólar – como resposta às novas medidas do governo, que elevou a tributação na internação de recursos do exterior. Negócios em Ponta Grossa entre R$ 47,00 e R$ 48,00 e, no oeste do estado, entre R$ 44,50 e R$ 45,50 por saca.
Fonte: Granoeste Corretora de Cereais e Sementes
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