12
abr
2010
CBOT: estoques ajudam soja

 

Depois de uma boa arrancada no início dos trabalhos, quando registraram alta de até 17 cents/bu, as cotações da soja cederam, mas fecharam com variações predominantemente positivas nesta sextafeira nos futuros de Chicago. O relatório de oferta e demanda de abril trouxe poucas alterações, embora, ao manter os estoques finais dos EUA nos mesmos níveis do mês passado, o USDA acabou promovendo para os meses próximos um indicador positivo, sobretudo para as primeiras ações do dia.

Os meses mais distantes, relativos à temporada 2010/11, foram pressionados, em operações de spreads com os meses da safra atual. Em suma, no curto prazo o mercado está navegando entre o relativo aperto da oferta norte-americana e a grande disponibilidade no resto do mundo, mas inclui também, num prazo mais alongado, as perspectivas sobre o plantio e evolução da nova safra dos EUA, que promete ter área recorde. A posição maio fechou a U$ 9,5225, alta de 5,75 cents/bu e a posição julho, a U$ 9,62, ganhos de 6 cents/bu.

Relatório – O relatório de abril, apresentado pelo USDA na manhã desta sexta-feira, não trouxe maiores novidades no quadro de oferta e demanda da soja. Apenas os estoques de soja norte-americana para o fim da estação, que eram esperados em alta, em algo como 5,7 MT – milhões de tons – acabaram ficando praticamente nos mesmos patamares do mês passado, 5,16 MT. As exportações tiveram a projeção aumentada em cerca de 0,7 MT, para 39,33 MT, um novo recorde. No ano passado, os estoques finais ficaram em 3,76 MT e as exportações de soja dos EUA foram de 34,93 MT.

A produção norte-americana segue avaliada em 91,42 MT, 10,7 MT a mais do que a colheita da temporada anterior. A produção de Brasil e Argentina também foi majorada para 67,5 MT (mais 0,5 MT) e para 54,0 MT (mais 1,0 MT), respectivamente. No ano passado a safra brasileira foi de 57,8 MT e a argentina, de 32,0 MT. A produção mundial passa a ser estimada em 257,46 MT, 1,55 MT a mais do que em março e 45,7 MT a mais do que no ano passado.

Enquanto isto, o consumo global está projetado em 235,69 MT, 13,5 MT a mais do que no ciclo anterior. Com isto, os estoques finais mundiais vão se acumulando e são avaliados, agora, em 62,96 MT, 2,3 MT a mais do que março e 20,14 MT a mais do que em 2009. As importações chinesas são esperadas em 43,5 MT, 1,0 MT acima de março, um novo recorde histórico. (Veja mais números na última página deste boletim).

Mercado interno – Dia de fraca movimentação. A arrancada inicial na bolsa norte americana criou a falsa expectativa de que, no decorrer, os preços ficariam mais firmes ainda. Com isto, houve pouca presença de vendedores. No melhor momento as indicações de compra em Paranaguá ficaram entre R$ 37,50 e R$ 37,70. Estes níveis cederam para algo como R$ 37,00 / 37,30 no decorrer do dia. No oeste do estado, indicações entre R$ 33,00 e R$ 33,50 por saca, enfraquecendo ao longo da jornada.

Fonte: Granoeste Corretora de Cereais e Sementes

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