Os preços da soja atuaram com ganhos na Bolsa de Chicago nesta terça-feira, recuperando-se das perdas apuradas na sessão anterior. Os participantes andam preocupados com a perspectiva de redução do plantio de soja nos EUA na temporada 2010/11 e com as implicações sobre a redução da oferta no longo prazo. Milho e algodão se apresentam mais competitivos neste momento de definição da safra e, somente com preços mais altos, os produtores serão convencidos a plantar mais soja.
A aposta dos negociadores é de que haja uma diminuição de pelo menos 200 mil hectares na safra cujo plantio começa em menos de 30 dias. Há quem aposte em números mais expressivos. Com a demanda crescente de parte da China e com o aumento do consumo para a produção de biodiesel cria-se a dependência de que qualquer redução de área seja coberta por aumento de produtividade. Do contrário, o equilíbrio do mercado virá através da elevação de preços.
Na média, os analistas ouvidos pela agência Dow Jones indicam um aumento de 3,9% na área de milho e queda de 0,6% na área de soja – no comparativo com o ano passado. O USDA irá apresentar o relatório de plantio nesta quinta-feira. Enquanto isto, o banco Goldman Sachs, em sua projeção de três meses, elevou os preços da soja, na CBOT, de U$ 15,00 para U$ 16,00 por bushel.
De acordo com nota, a tendência é de déficit no balanço de oferta e demanda de 2011/12 (produção menor que consumo = menores estoques), com base na forte demanda chinesa e redução do plantio nos EUA. O milho também deve se firmar ainda mais como resultado do aumento de importações do Japão, maior esmagamento para a produção de etanol e especulações sobre possíveis compras da China.
Para o Brasil, a consultoria Agroconsult prevê um novo recorde para a safra brasileira de soja que está entrando na fase final de colheita – 72,7 milhões de tons. Dentre as diversas consultorias e órgãos oficiais este é o número mais otimista divulgado até agora para esta temporada. A posição maio fechou a U$ 13,6150 e a posição julho, a U$ 13,7225, ambas com alta de 13 cents/bu.
Mercado interno – Movimentação ligeiramente melhor nesta jornada. Embora a taxa de câmbio tenha pressionado a formação do preço interno, a boa performance verificada na CBOT, com alta de até 20 cents/bu no meio da sessão, acabou compensando positivamente. Negócios em Paranaguá entre R$ 48,80 e 49,30 e, no oeste do estado, entre R$ 44,00 e R$ 44,50 por saca.
Fonte: Granoeste Corretora de Cereais e Sementes
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