As cotações da soja fecharam com perdas na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira em meio à generalizada ausência de notícias positivas e lentidão nos negócios. Diferentemente dos pregões deste início de semana, nesta quarta-feira a sessão começou ligeiramente em baixa e aprofundou as perdas no decorrer da sessão.

Embora, na média geral, a demanda continue firme, alguns períodos de baixa movimentação acabam jogando certa pressão sobre os preços. Há muitas incertezas no cenário econômico global em razão da catástrofe que se abateu sobre o Japão e, mais recentemente, com o conflito no norte da África.

Parte da vulnerabilidade dos últimos dias é atribuída à expectativa quanto ao relatório de intenção de plantio, que será apresentado pelo USDA no próximo dia 31. O relatório trimestral de estoques é outra relação de números que virá à tona neste dia e também chama a atenção do mercado. Ambos podem trazer surpresas capazes de jogar o mercado para uma ou outra direção.

Enquanto isto, na América do Sul, de acordo com levantamento da consultoria Safras & Mercado, a produção desoja do Paraguai deve atingir 8,06 milhões de tons; da Bolívia, 1,95 milhões de tons e do Uruguai, 1,71 milhões de tons. São mais 11,7 milhões de tons que se somam às 121 milhões de tons de Brasil e Argentina.

O avanço da colheita no Brasil e os problemas logísticos de escoamento também pressionam o mercado, apesar dos relatos de perdas de qualidade e quantidade por excesso de chuvas, sobretudo no Centro-Oeste. Mesmo com as perdas, ainda é muito provável que o Brasil atinja um novo recorde, com safra superior a 70 milhões de tons.

O Census Bureau irá divulgar nesta quinta-feira o volume de soja processado pela indústria norte-americana durante fevereiro. O mercado espera algo como 3,55 milhões de tons, ante 4,19 milhões de tons de fevereiro do ano passado – certo recuo na demanda interna. A posição maio fechou a U$ 13,5125, baixa de 14,25 cents/bu e a posição julho, a U$ 13,61, perdas de 14 cents/bu.

Mercado interno – Operações internas totalmente travadas. Além de indicações de preço em queda, os problemas de escoamento, sobretudo pelo porto de Paranaguá, mantiveram as negociações praticamente paralisadas.

Indicações de compra em Paranaguá entre R$ 49,00 e 49,60; em Ponta Grossa, entre R$ 46,50 e R$ 46,70 e, no oeste do estado, entre R$ 43,80 e R$ 44,50, dependendo da localização do lote, do prazo de pagamento e, principalmente, do período de armazenagem.

Fonte: Granoeste Corretora de Cereais e Sementes

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