A soja voltou a registrar novas altas na Bolsa de Chicago no encerramento de semana em meio ao forte ritmo do consumo e às preocupações com possíveis adversidades climáticas ao longo da fase de evolução da safra norte-americana.
Os cortes nos estoques finais de soja promovidos pelo USDA no relatório de oferta e demanda de julho ficaram aquém do esperado. Mas, mesmo assim, o mercado encontrou razões para seguir na escalada.
Os EUA seguem com baixa disponibilidade e muito apetite comprador. Na última semana as vendas externas somaram 263 mil tons para embarque ainda nesta temporada e mais 602 mil tons para a próxima estação. Os prêmios no Golfo do México deram uma trégua nesta sexta, mas vinham respondendo com altas seguidas nos últimos dias.
Também no Brasil e na Argentina os prêmios ficaram mais sólidos, já que a demanda não satisfeita pelos EUA acabou sendo suprida por aqui. Além disto, os negociadores estão atentos às projeções do tempo para o Meio Oeste, uma vez que o Centro de Previsão Climática dos EUA afirma que é grande a probabilidade de se desenvolver o fenômeno La Niña no período que vai até agosto.
EUA, Brasil, Argentina e Índia seriam os países mais susceptíveis a secas. A posição agosto fechou a 9,9325, alta de 10,25 cents/bu e a posição novembro, a U$ 9,5325, ganhos de 7,25 cents/bu.
Oferta / demanda – Os números do relatório de oferta e demanda – no que concerne à soja – ficaram dentro do esperado, embora houvesse expectativa de cortes mais expressivos nos estoques finais dos EUA.
Em relação à safra 2010/11, que está em evolução no campo, o USDA projeta uma safra de 91,04 MT, cerca de 1,0 MT a mais do que a projeção de junho, mas muito próximo do recorde de 91,42 MT do ano passado. A produtividade, de 2.885 quilos/há foi mantida.
O governo considerou apenas o aumento de área de 31,61 milhões de hectares para 31,93 milhões de hectares – um novo recorde. No ano passado foram semeados 31,36 milhões de hectares.
Os estoques finais estão previstos em 4,75 MT para esta estação – 2009/10 – e em 9,8 MT para a próxima. A produção mundial está avaliada em 251,29 MT, ante 249,93 MT de junho. No ano passado a safra rendeu 259,7 MT.
Os estoques finais são estimados 67,76 MT, contra 66,99 de junho e 65,35 de 2009/10. A China segue surpreendendo com novos volumes de importação. Nesta temporada passa de 47,0 MT para 48,0 MT e, na próxima, de 49,0 MT para 50,0 MT.
As próximas safras de Brasil e Argentina seguem avaliadas em 65,0 MT e 50,0 MT, respectivamente. (Veja mais números na última página deste boletim).
Mercado interno – Jornada de movimentação positiva e cotações firmes. A boa alta verificada na bolsa norteamericana foi, em parte, compensada negativamente por alguma perda nos prêmios.
O dólar andou de lado em razão do feriado em São Paulo, que deixou o mercado com baixo volume de negócios. Em Paranaguá, indicações de compra entre R$ 40,80 e R$ 41,50, com algum prazo. No oeste do estado, negócios entre R$ 36,50 e R$ 37,00.
Fonte: Granoeste Corretora de Cereais e Sementes
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