11
mar
2010
CBOT: corte nos estoques dos EUA ajudam soja

 

Depois de um começo de muito nervosismo e preços no campo negativo, as cotações da soja, nos futuros de Chicago, rapidamente se recuperaram e passaram a operar com ganhos, que chegaram a 17 cents/bu no melhor momento do dia.

Os preços oscilaram bastante, mas se mantiveram em alta. Apesar de números considerados neutros, o relatório de oferta e demanda de março, anunciado pelo USDA logo pela manhã, trouxe a perspectiva de um crescente enxugamento dos estoques de soja dos EUA, em conseqüência dos seguidos reajustes dos volumes de esmagamento e de exportações.

Ao mesmo tempo, circularam rumores sobre o continuado interesse chinês por soja norte-americana enquanto persistem atrasos no fluxo da produção brasileira. Os mercados de energia, de metais e de ações também se recuperaram ao longo do dia. A posição maio fechou a U$ 9,58, alta de 10,5 cents/bu e a posição julho, a U$ 9,6550, ganhos de 9,5 cents/bu.

Relatório – Os números do relatório de oferta e demanda relativo a março trouxeram poucas novidades. Conforme esperado, o USDA apresentou um ligeiro aumento das exportações e do esmagamento dos EUA, para 38,65 MT – milhões de tons – e 47,08 MT, respectivamente.

Na somatória, o incremento do consumo chega a 0,82 MT. Com isto, a projeção de
estoques finais cai para 5,17 MT, ante 5,71 MT do mês passado. A produção do Brasil foi aumentada em 1,0 MT, para 67,0 MT; enquanto isto, o USDA manteve a safra da Argentina em 53,0 MT, embora o mercado ande falando em pelo 2,0 MT a mais.

As compras da China e da União Européia permanecem avaliadas em 42,5 MT e em 13,0 MT respectivamente. Os números globais indicam um forte aumento da produção. O USDA estima a safra mundial em 255,91 MT, cerca de 1,0 MT a mais do que em fevereiro. Na mesma proporção, os estoques finais mundiais ficam mais folgados e são estimados em 60,67 MT.

Comparativos – Em relação à safra passada, a produção mundial está aumentando 45,0 MT, ou 21,4%. Todos os três principais países produtores apresentam safras expressivamente maiores: Argentina, aumento de 21,0 MT, ou 66%; Brasil, aumento de 10,0 MT ou 17,5% e, EUA, aumento de 10,67 MT ou 13,2%.

Os estoques finais mundiais sobem de 42,02 MT para 60,67 MT, acréscimo 18,65 MT ou 44%. Em contrapartida, o consumo global deve chegar a 235,86 MT, ante 222,09 MT do ano anterior, acréscimo de 13,77 MT ou 6,2%. Os números mostram que, apesar da demanda em alta, o aumento expressivo da oferta deverá comandar a formação do preço. (Veja mais números na última página deste boletim).

Mercado interno – Movimentação ainda lenta em razão de problemas de logística, sobretudo em Paranaguá. Os bons momentos vividos na bolsa norte-americana foram contrabalançados negativamente pela queda na taxa de câmbio.

De maneira geral, os preços se mantiveram em linha com a jornada anterior. Em Paranaguá negócios entre R$ 37,00 e R$ 37,30 e, no oeste do estado, entre R$ 31,50 e R$ 32,00 por saca.

Fonte: Granoeste Corretora de Cereais e Sementes

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