A Câmara Setorial da Soja criou uma sala de discussão nesta quarta-feira (22/2) para discutir o modelo de criação de uma Câmara Arbitral que vai mediar conflitos de classificação de grãos no momento da comercialização com as indústrias e cerealistas. A manifestação foi sugerida pelo presidente da Câmara Setorial, Glauber Silveira, ao acrescentar que a situação no Mato Grosso tem sido agravada em função das fortes chuvas que atingem o estado nas últimas semanas. Glauber destacou que há casos de produtores que tiveram perdas de até 50% e outros que abandonaram parte das lavouras.
“Vamos também participar de outros grupos de trabalho, como o que vai propor medidas de auxílio ao manejo de ervas resistentes ao uso de Paraquat, bem como o melhor momento de dessecação das lavouras. A Câmara também promoverá reuniões para aprofundar impacto de diferentes regulamentos dos estados e países vizinhos para o vazio sanitário da ferrugem asiática, e a possiblidade de ajustes no início e final do plantio da soja dentro do período”, afirmou Fabrício Rosa, consultor da Câmara e Diretor Executivo da Aprosoja Brasil.
Os membros da Câmara também decidiram apoiar a proposta do grupo de trabalho formado pela Frente Parlamentar da Agropecuária, Confederação Nacional da Agropecuária, Organização das Cooperativas do Brasil, Aprosoja, entre outras entidades, que está debatendo o projeto que altera o licenciamento ambiental na Câmara dos Deputados. Após ouvir o membro da CNA sobre o tema, a deliberação da Câmara foi a de enviar uma moção de apoio ao ministro da Agricultura em relação à proposta consolidada no substitutivo do deputado Mauro Pereira (PMDB/RS), e encerrar negociações com o Ministério do Meio Ambiente, o único ente dissidente da proposta na esplanada.
A Câmara também decidiu acompanhar, através de uma comissão de seus membros, as negociações em torno dos protocolos de Nagoya, Cartagena e de Paris, que afetam o setor produtivo. A decisão foi tomada após os membros ouvirem com apreensão as apresentações de Eliane Kay, da Agrobio, e de Rodrigo Lima, da consultoria Agroícone, sobre as propostas feitas aos países exportadores de alimentos que têm sido feitas nas conferências sobre biodiversidade.
O diretor de Negociações Não Tarifárias (DNNT), da Secretaria de Relações Institucionais do Ministério da Agricultura, Alexandre Pontes, defendeu a aproximação das entidades do setor produtivo para buscar alternativas diante das restrições que a aprovação dos documentos pode representar ao an gronegócio brasileiro. Pontes defendeu com veemência que o setor atue com o Mapa em defesa da sustentabilidade atual da agropecuária, questionada nas conferências por Ongs.
A Câmara também contou com apresentações importantes para o setor, tais como a situação atual e as perspectivas da logística brasileira de grãos, feita por Edeon Vaz, do Movimento Pró-Logística, e da conjuntura da soja, feita por Leonardo Amazonas, da Conab.
Fonte: Agrolink