É chegada a hora do produtor de trigo ficar atento ao controle das plantas daninhas. De acordo com Mario Rissi, gerente de clientes da Bayer, o uso de herbicidas é fundamental para evitar que as daninhas comecem a competir com a cultura, especialmente os aplicados nos estágios iniciais de desenvolvimento da planta em que a cultura se encontra agora. Rissi ressalta que a buva tem sido uma das espécies que mais tira o sono do agricultor, causando sérios prejuízos às culturas de soja e trigo no Rio Grande do Sul e Paraná.
“A dificuldade no controle desta planta daninha é que, dependendo da espécie, pode produzir em torno de 110 a 200 mil sementes, que normalmente são levadas pelo vento a grandes distâncias, explicando seu surgimento em regiões e propriedades nas quais não existia em anos anteriores. Dentro das regiões mencionadas, a buva começa a aparecer a partir do mês de junho até outubro, variando de acordo com as condições de temperatura e luminosidade. Ela é bastante agressiva e, se não for bem controlada, continuará na lavoura prejudicando o próximo cultivo”, completa.
Outro ponto levantado por Rissi é que o período de pós-emergência é o mais eficiente para fazer o controle da buva. “O triticultor precisa estar atento, pois se não realizar o manejo eficiente nesse período terá perdas por matocompetição e dificuldade em controlar essa daninha, tanto no inverno como nas culturas de verão.”
No manejo de buva, a cobertura de solo é fundamental, por meio do cultivo de trigo e aveia. Estas duas culturas conseguem produzir grandes quantidades de massa verde, que dificulta o aparecimento e desenvolvimento da buva, facilitando o manejo pré-semeadura da próxima cultura. Além disso, é extremamente necessário o controle químico, adotando sempre a rotação de herbicidas dentro do ano agrícola, utilizando produtos com diferentes mecanismos de ação.
Mauro Antonio Rizzardi, doutor em fitotecnia na área de manejo de plantas daninhas e professor da Universidade de Passo Fundo, reforça que o controle da buva, durante o cultivo do trigo, além de diminuir eventuais perdas na produtividade deste grão, é fundamental para o sistema, beneficiando as culturas semeadas na sequência. “Essa é uma ação de manejo da buva no inverno, que evitará o seu surgimento e crescimento e eventuais prejuízos no cultivo de outros grãos que virão a seguir, como a soja. Outro benefício de se fazer o manejo nesse período é a redução do uso de herbicidas no cultivo seguinte, pois as plantas de buva estarão menores.”
Rizzardi ainda destaca que, se a ação preventiva não for realizada e houver necessidade de um trabalho de controle na pré-colheita do trigo, deve ser utilizado um herbicida que age em plantas daninhas menores, nos estágios iniciais de desenvolvimento.
Além disso, é também na fase de arranque que surgem plantas de azevém, aveia e nabo, que não deveriam estar ali.
Fonte: Agrolink
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