O Programa Anual de Desenvolvimento de Mercado (PADM) de Trigo, é fundamental para que as novas variedades e tecnologias possam chegar a todos os produtores. É sempre com este foco que realizamos nossos dias de campo, divulgamos publicações com informações importantes nas redes sociais e, mais recentemente, promovemos as transmissões ao vivo, que fizeram com que nossa mensagem pudesse chegar a todos os lugares de maneira remota.
De acordo com o Coordenador Técnico de Transferência de Tecnologia da Fundação Meridional, Milton Dalbosco, o PADM é um projeto que existe para consolidar as cultivares no mercado. “Esse ano, em função da pandemia, houve mudanças na maneira de fazer as divulgações. Tivemos alguns dias de campo presenciais e muitos em formato virtual, como por exemplo nosso DIGICampo de Inverno”, afirmou Dalbosco. As ferramentas digitais chegaram para ficar e transformaram a realidade no agronegócio.
“Esse ano o PADM foi diferente por conta da maior utilização dos meios digitais para atingir o agricultor”, falou Milton. Assim, esses recursos são usados intensivamente para que as informações cheguem ao agricultor ou triticultor, o que ajuda muito na divulgação das novas variedades. Nesta safra, estas ações do PADM já começaram a apresentar seus primeiros resultados. Um exemplo deste sucesso é a cultivar de trigo BRS Atobá, desenvolvida pela Embrapa em parceria com a Fundação Meridional. A variedade mostrou que possui um ótimo rendimento e apresenta inúmeros benefícios ao triticultor.
O Produtor Paulo Cortinove, de Apucarana-PR, é um tradicional produtor de trigo na região . Na safra de inverno 2020, ele plantou uma área de 35 alqueires de BRS Atobá, de um total de 90 alqueires de trigo, nos quais utilizou outras três cultivares de referência.
Produtor: Paulo Cortinove
"Mesmo com a estiagem, tivemos uma média de 146 sc/alq, chegando a colher 167 sc/alq em um talhão de 5,5 alqueires", comemora Cortinove.
Seu filho, Lucas Cortinove, que é Engenheiro Agrônomo, acompanhou de perto as lavouras e enviou as imagens desta matéria. "Com certeza vamos repetir o BRS Atobá em nosso planejamento em 2021, inclusive ampliando a área. O desempenho ficou bem acima da média das outras cultivares, que foi de 126 sc/alq, ou seja, 20 sacas a mais com BRS Atobá", ressalta Lucas.
Alunos FAG
Em seu segundo ano de comercialização na região oeste do Paraná, os resultados positivos não param de chegar. O gerente da Fazenda Escola do Centro Universitário FAG, Helmuth Bleil Junior, afirmou que, apesar das adversidades climáticas com forte estiagem, obteve uma produtividade de 4 mil quilos por hectare com BRS Atobá. “Esse trigo é um material muito bom para a colheita, porque apesar de termos ventos fortes, se manteve em pé. A máquina colhe com facilidade, até com a plataforma um pouco mais alta. Como há menos massa de palha indo para dentro da colheitadeira, o desgaste da máquina é menor”, concluiu Helmuth.
Fonte: Informativo Meridional Ed. 74
Volte para a Listagem