A saída do Reino Unido da União Europeia significa mais liberdade de negociação com o Brasil, na visão de Daniel Toledo, da Toledo e Advogados Associados. “Há dois anos, o Reino Unido vem tentando essa separação, que é um conglomerado de dez países que mais investem e possuem parcerias com o Brasil, ocupando o 7º ou 8º lugar”, explica.
“A tendência é que esse relacionamento se estreite ainda mais, porque não haverá mais entraves, como competições financeiras e tributárias que existiam com outros países e alguns acordos tributários com a própria União Europeia. Agora, eles podem negociar com quem quiserem no mundo inteiro, inclusive conosco”, justifica o advogado especializado em direito internacional.
De acordo com Toledo, que também é consultor de negócios internacionais e palestrante, a tendência é que tenhamos alguns contratos, que já foram assinados, e outros que vão ter possibilidade de revisão. “O que pode ser excelente para ambos países. Há inclusive empresas que têm interesse em renegociar contratos. Isso será ótimo, pois terão uma liberdade maior para negociação”, projeta.
Outra questão importante, salienta, é a própria relação do Reino Unido com a atual UE. “Acredito que, se cada um daqueles países tivessem uma autonomia um pouco maior, a própria Europa, como um bloco unificado, cresceria muito mais. Então essa saída do Reino Unido vai representar muito, não só para a região, mas também para as relações comerciais com o Brasil”, afirma.
“Não acho que esse movimento britânico será o único. Nos próximos anos, devem surgir algumas novidades, pois com certeza será um exemplo para que outras potências consigam enxergar que, algumas vezes, ficar atrelado a uma malha inflexível pode acabar travando outros setores e, às vezes, em uma eventual crise econômica mundial pode afundar todo mundo e ao mesmo tempo”, conclui Daniel Toledo.
Fonte: Agrolink
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