O relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) desta quinta-feira (12/10) foi muito significativo no que se refere ao Brasil, destaca a Consultoria Trigo & Farinhas. Depois de manter inalterados todos os dados de oferta e demanda de trigo na Argentina, o órgão oficial dos EUA alterou significativamente alguns números no tocante ao País.
“O primeiro deles foi o aumento de 6,73% nos estoques iniciais, o que significa que, para o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o consumo de trigo no Brasil da safra 2016/17 deverá ser menor – como temos afirmado sistematicamente”, aponta o analista júnior da T&F, Luiz Fernando Pacheco.
A produção brasileira de trigo também foi reduzida em 100 mil toneladas, ou 1,92%. Como consequência, as importações foram aumentadas também em 100 mil toneladas para 7,3 milhões de toneladas, ou 1,39% em relação ao relatório do mês anterior. Com o consumo (moagem, ração e exportações) inalterado, houve um aumento de 105 mil toneladas nos estoques finais, ou 7,77%.
Argentina começa a colher
Ainda de acordo com a Trigo & Farinhas, as boas condições climáticas dos últimos dias ajudaram a melhorar o solo das regiões mais afetadas pelas chuvas no último mês, onde o trigo plantado começou a passar para o ciclo reprodutivo do estágio fenológico. Dos 5.450.000 hectares plantados 60% contam com condições boas e excelentes, as melhores lavouras estão concentradas no centro da área agrícola do país.
“A região de NOA no norte da Argentina começou essa semana a colheita dos primeiros grãos com baixa expectativa quanto ao rendimento por hectare. Na região de Buenos Aires por causa do excesso de chuvas as análises feitas apontam deficiência em nitrogênio e forte incidência de doenças por fungos”, conclui a T&F.
Fonte: Agrolink
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