07
nov
2013
Brasil deve produzir 88,5 mil de ton de soja na safra 2013/14, aponta estudo
Estimativa de Safra da INTL FCStone - Soja e Milho

SOJA

A INTL FCStone revisou os números para a safra brasileira de soja de 2013/14. A área plantada deve ficar em 29,1 milhões de hectares, resultando em uma produção de 88,5 milhões de toneladas. Os números são maiores do que o esperado no mês anterior, uma vez que as condições para o plantio da soja no país estão favoráveis. Observa-se um ritmo forte de plantio especialmente no Paraná, onde o produtor está migrando do milho para a soja de maneira mais intensa, o que faz com que a área plantada com a oleaginosa chegue bem próxima aos 5 milhões de hectares. No Mato Grosso, o mesmo movimento tem ocorrido com as áreas de pastagens.

Ajustando as demais variáveis de oferta e demanda, espera-se que a demanda doméstica seja menor do que as exportações em 2014, levando a um estoque final de safra de quase 5 milhões de toneladas, o que representa 5,8% do total disponível no início do ciclo.

Metodologia

Na elaboração da estimativa de safra de soja no Brasil no ciclo 2013/14, a INTL FCStone considerou um modelo de regressão múltipla com efeitos fixos utilizando dados em painel baseado nos dados históricos dos principais estados produtores (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia) e a região do MAPITO (Maranhão, Tocantins e Piauí).

Foram utilizadas duas séries históricas na modelagem: (i) área plantada em cada um dos estados no período entre 1999 e 2012, extraídas da Companhia Nacional de Abastecimento; (ii) preço da soja na Bolsa de Mercadorias e Futuros de Chicago (Chicago Board of Trade – CBOT). Salienta-se, ainda, que os estados considerados na amostra foram responsáveis por 90,34% da lavoura brasileira de soja nos últimos cinco anos e 90,16% de toda soja produzida no mesmo período.

Complementando a análise econométrica empregou-se a análise qualitativa por meio de contato com uma amostra de produtores em diferentes estados. Assim, foi possível elencar qual a troca e/ou ampliação da área a ser cultivada com soja neste ciclo e as condições das lavouras durante o desenvolvimento da safra.



MILHO

A INTL FCStone ajustou a estimativa de área plantada de milho para 14,7 milhões de hectares para a safra 2013/14, queda de 6,91% em relação ao ciclo 2012/13. Em relação à estimativa anterior, a área da primeira safra foi levemente reduzida, esperando-se uma queda de 7,79% em relação ao ano passado e para a safra de inverno também já se observa uma tendência de redução de área, projetando-se uma queda de 6,25% frente à safrinha 2012/13. Os produtores estão considerando a substituição de parte da área de milho por outras culturas na segunda safra, como o algodão no Mato Grosso e o trigo no Paraná. Há, inclusive, a intenção de plantar uma segunda safra de soja em algumas regiões. Ademais, a produtividade também deve ficar mais baixa, devido a menores investimentos nas lavouras, com o intuito de reduzir custos, caso os preços do cereal continuem baixos. Considerou-se uma produtividade média de 5,1 ton/hectare na primeira safra, próximo à estimativa da Conab. Para a safrinha, a produtividade média foi reduzida, ficando em 4,67 ton/hectare.

Considerando, a atualização da Conab em outubro, as exportações de milho do ciclo 2012/13 foram aumenta-das para 20 milhões de toneladas. Com isso, os estoques iniciais para a safra 2013/14 caíram um pouco, apesar de ainda estarem em um nível elevado, de 14,6 milhões de toneladas. Somando a estimativa de produção de novembro, de 71,5 milhões de toneladas, ao volume de estoques, o total disponível no ciclo 2013/14 ficaria em 86,4 milhões de toneladas.

Assim, com a redução da produção da safra 2013/14, a relação estoque/uso ficaria em 20%, percentual bem próximo ao do ciclo anterior, o que ainda é uma relação considerada elevada, mas bem inferior aos 34,4% da estimativa de outubro.

O consumo de milho para etanol constitui uma alternativa viável para aumentar a demanda por milho. Em Mato Grosso já existem plantas em operação e outras realizando investimentos para permitir a transformação do cereal no biocombustível, a despeito do volume consumido do grão para este fim ainda ser pequeno.


Fonte: Agrolink com informações de assessoria

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