O relatório semanal de acompanhamento das safras da Bolsa de Cereais de Buenos Aires (Argentina) registrou nesta quinta-feira (22.02) que o clima seco e quente dominou novamente o cenário durante os últimos dias. “Isso acelerou a perda de rendimento em lotes de primeira e comprometeu não só a produtividade, como também a área, que deverá ser colhida nos plantios de segunda”, observa a T&F Consultoria Agroeconômica.
Sob este cenário, a projeção da produção cai para 47 milhões de toneladas (contra 50MT da última previsão e 56MT do ano passado). Segundo a T&F, na medida em que não se interrompa a deterioração do cultivo, o volume previsto no final da campanha poderá ser ainda menor, porque deverá reduzir-se ainda durante as próximas semanas.
“Uma redução ainda maior poderá ser o cenário mais provável, dadas as perspectivas climáticas que não preveem chuvas no curto nem mediano prazo para grande parte da região agrícola de cultivos extensivos”, afirma o analista Luiz Fernando Pacheco.
PREVISÃO
Nenhuma grande mudança foi observada nas atualizações climáticas de ontem, aponta a Consultoria AgResource: “O cenário de seca se intensifica com a falta da chegada de precipitações. O padrão árido na Argentina deve perdurar por mais 10-12 dias, elevando os níveis de estresse hídrico e, se confirmado, reduzindo ainda mais as estimativas de produtividade”.
“Produtores argentinos não possuem nem intenções de venda (mesmo com preços locais em níveis jamais observados no país), uma vez que ainda é incerta a magnitude dos danos causados pela falta de chuvas desta safra 2017/18. A Argentina vem tendo problemas com a escassez de água desde o plantio, com a intensificação deste cenário no começo de 2018 e que se perdura até o presentem, e é provável para o futuro. Precipitações pesadas e constantes seriam necessárias para amenizar este quadro”, completa a ARC.
Fonte: AGROLINK