Terceiro maior produtor mundial de grãos, a Argentina já plantou 87,5% dos 18,1 milhões de hectares projetados para soja na safra atual. O restante da semeadura (2,25 mi de hectares), no entanto, está ameaçado por uma forte escassez hídrica que atinge a província de Buenos Aires e outras regiões do País. Segundo informações da Bolsa Cereais de Buenos Aires (BCBA), o atraso é de 4,7% em relação à safra passada.
Maior atraso da história - Segundo fontes consultadas pelo Agronegócio Gazeta do Povo, este é o plantio mais atrasado da história do país. No milho, a situação não é diferente. Apenas 61,2% dos 5,4 milhões de hectares foram plantados. “A falta de umidade na superfície dos solos do extremo Norte do país impede o avanço do plantio”, diz o relatório elaborado pela consultoria argentina Agroeducación.
Chuvas - De acordo com analistas, a falta de chuva no fim do ano atrasou o início dos trabalhos nos campos argentinos, mas sem perdas substanciais. Aos poucos, com chuvas irregulares, o plantio foi se regularizando. Nas regiões que enfrentam estresse hídrico, provocado pela La Niña, a preocupação é grande. No entanto, os produtores ainda acreditam que vão conseguir plantar até o fim da janela, que termina em janeiro. Há expectativa de chuvas generalizadas no final desta semana, com volumes entre 30 e 40 mm.
Safra atípica - Para consultores, é uma safra atípica. As chuvas são escassas, mas elas chegam exatamente quando as fazendas precisam delas. Isso permitirá que os rendimentos médios do país estejam em linha com as projeções, embora existam algumas áreas com déficits. A expectativa para safra de verão deste ano na Argentina é de 54 milhões de toneladas de soja e 42 milhões de toneladas de milho.
Fonte: Sistema Ocepar
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