A Argentina vai começar a cortar sua taxa sobre exportação de soja em 0,5 ponto percentual a cada mês por dois anos a partir de janeiro de 2018, o que resultará em uma redução de 12 pontos, para 18 por cento, ao final de 2019, segundo um decreto do governo nesta segunda-feira.
Quando Mauricio Macri tornou-se presidente com um discurso pró-mercado em dezembro de 2015, ele cortou a taxa para 30 por cento, ante 35 por cento. Ele prometeu na época que continuaria cortando o imposto em 5 pontos percentuais por ano, mas preocupações fiscais travaram o plano.
A redução de 0,5 ponto percentual ao mês na taxa de exportação em 2018 e 2019 será válida também para o imposto de 27 por cento cobrado sobre as exportações de óleo de soja e farelo de soja. A Argentina é a principal exportadora global de óleo e farelo de soja e a terceira maior em soja em grãos, atrás de Brasil e Estados Unidos.
Considerando uma meta de déficit de 4,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2017, Macri reduziu o impacto de algumas de suas reformas para a liberalização dos mercados. Logo após tomar posse, ele deixou o valor do peso variar livremente no mercado de câmbio e eliminou taxas de exportação para trigo e milho.