A Bolsa de Cereais de Buenos Aires estimou nesta quinta-feira que a safra de soja 2016/17 da Argentina será de 53,5 milhões de toneladas, ante 56 milhões de toneladas na safra anterior, devido a uma redução na área prevista de plantio por conta das chuvas excessivas que causaram perdas nas últimas semanas.
O país sulamericano é o maior exportador global de farelo e óleo de soja e o terceiro fornecedor do grão sem processamento, e, por isso, os problemas climáticos das últimas semanas nas grandes regiões produtoras foram acompanhados de perto pelos operadores do mercado de Chicago.
"Sobre uma estimativa de 770 mil hectares de soja afetados, as perdas de superfície estão abaixo dos 400 mil hectares e os 370 mil hectares restantes diminuem os riscos de perdas", disse a Bolsa de Cereais em seu relatório semanal de cultivos.
Na quinta-feira passada, a entidade havia reduzido em 100 mil hectares, para 19,2 milhões de hectares, a sua estimativa da área de plantio da soja 2016/17 em consequência aos problemas climáticos, enquanto a Bolsa de Comércio de Rosário reduziu sua projeção de colheita para 52,9 milhões de toneladas.
A área semeada com soja na safra 2016/17 também caiu na comparação com a temporada anterior devido a um aumento na área destinada ao milho e trigo, cujas exportações, diferentemente da oleaginosa, não pagam impostos.
O Ministério da Agricultura da Argentina calcula que a área semeada com soja na safra 2016/17 cairá para 19,8 milhões de hectares, ante 20,6 milhões de hectares na safra anterior, por consequência do clima adverso em parte das três maiores províncias agrícolas e um plantio maior de cereais.