Apesar da chuva estar atrapalhando o plantio a área de soja deve ter um acréscimo de 5 a 8% segundo cálculo do Centro de Socieconomia e Planejamento Agrícola da Epagri. A área que foi destinada à oleaginosa deve saltar de 600 mil para algo entre 630 mil e 650 mil hectares. Com isso há potencial para a próxima safra superar o recorde de produção atingido na safra 2014/2015, que foi de 1,96 milhão de toneladas.
Em compensação, como vem acontecendo há mais de uma década, quem perde é a área de milho. O período de semeadura já está no final e a estimativa é de uma queda de 5,2% na área, baixando de 404 mil hectares para 382 mil hectares. Para continuar no patamar de três milhões de toneladas, os produtores terão que aumentar a produtividade. A redução na área de milho preocupa agroindústria, que já trazem cerca de 2,5 milhões de toneladas de outros estados e até de outros países, como o Paraguai.
Saca de soja vale 2,4 sacas de milho
Para a economista Gláucia Padrão, do Cepa/Epagri, a opção pela soja se deve à diferença no preço da oleaginosa. Quando a saca de soja superar 2,3 vezes o valor da saca de milho passa a ser mais atrativo que o cereal. Na quarta-feira o preço da soja estava R$ 69 a saca e o milho 28 a saca, numa diferença de 2,4 vezes. Houve um recuo no preço da soja nos últimos dias com a queda do dólar.
Fonte: Diário Catarinense
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