26
ago
2010
Alemã Basf aposta que segmento de controle de pragas urbanas crescerá

 

A alemã Basf, uma das principais empresas químicas do mundo, está investindo no mercado de controle de pragas urbanas. Para isso, a empresa inaugurou ontem(25) um laboratório de monitoramento de resistência e testes com pragas urbanas, em sua estação experimental agrícola, localizada em Santo Antônio de Posse, região metropolitana de Campinas (SP). "Este é um segmento que está crescendo muito", afirma o vice-presidente sênior da unidade de proteção ao cultivo da Basf na América Latina, Eduardo Leduc.

O carro-chefe da multinacional são os defensivos agrícolas, que representam 32% do faturamento da empresa na América Latina. Já os defensivos para pragas urbanas ainda não são representativos nos negócios da companhia no País, explica o gerente de Projetos da Basf, Carlos Medeiros. "Estamos produzindo defensivos para o controle de pragas urbanas, mas isso de forma reduzida. Nosso foco é amadurecer esse segmento", conta Medeiros. Segundo ele, o novo laboratório vai dar suporte ao avanço da empresa neste segmento.

No ano passado, a Basf adquiriu a inglesa Sorex e a norte-americana Whitmire Micro Gen, ambas especializadas no combate a pragas urbanas.

Nos Estados Unidos, a Basf tem a liderança do mercado de controle geral de insetos há cerca de dois anos. No setor de combate do cupim, a Basf já é líder em tratamentos com líquido. No continente europeu, a empresa alemã tem uma posição sólida no campo das soluções destinadas a controle de roedores e insetos para atender às necessidades dos profissionais deste campo de atuação.

Análises

O novo laboratório da Basf vai possibilitar a realização de análises com o objetivo de monitorar possíveis resistências de fungos, insetos e plantas daninhas a diferentes famílias de produtos químicos. "O local de estudos é subdividido em dois outros laboratórios, um de resistência e o um para pesquisas e controle de pragas urbanas", explica o gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação para América Latina, Leandro Martins. "Apenas na Alemanha a Basf possui outro laboratório similar a este que estamos inaugurando aqui, no Brasil", comemora Martins.

O novo laboratório da Basf está aparelhado com os equipamentos mais modernos existentes no segmento. Nele inclusive poderão ser realizadas análises remotas por câmera, em que será possível simular e monitorar o desenvolvimento de culturas e alvos biológicos, artificialmente e à distância, em diferentes condições de temperatura, umidade e luminosidade. A equipe do laboratório já está preparada para monitorar o fungo da ferrugem asiática da soja e a planta daninha do arroz vermelho, prejudicial às lavouras de arroz. Martins garante que a própria Basf, a comunidade científica, os produtores rurais e a sociedade em geral serão beneficiados com os estudos que poderão ser realizados no laboratório.

Fonte: DCI - Diário do Comércio & Indústria - Suzi Cavalari

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