18
mar
2021
AGROTEMPO: como fica o tempo nesta quinta-feira?

A quinta-feira (18.03) será marcada pelo rápido avanço da frente fria, que na quarta-feira (17.03) alcançou o estado de São Paulo e para o fortalecimento das instabilidades sobre o centro norte do país. Os fatores que contribuíram para o aumento das instabilidades é a intensificação da Alta da Bolívia, provocando perturbações nas partes mais altas da atmosfera. E ao norte, as instabilidades ficam fortalecidas, em grande parte, devido ao posicionamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).
 
A partir da sexta-feira (19/03) uma região de alta pressão, em níveis intermediários da atmosfera, sobre o Sudeste diminui a condição de formação das chuvas, padrão que perdurará, pelo menos, até a metade da próxima semana. Ao mesmo tempo, as instabilidades sobre o centro-norte do país persistem. Entre o sábado (20) e domingo (21/03), a aproximação de uma nova frente fria, trará novamente as instabilidades mais significativas para a região sul, no entanto vale destacar que devido a condição de pré-frontal no sábado, grande parte da região sul as temperaturas ficarão elevadas e com sensação de abafamento. 

Saiba como será o tempo em cada região:

Região Norte
O forte calor e as instabilidades nas partes mais altas da atmosfera, somam condições para  o levantamento de ar em grande parte da região norte, e com a alta disponibilidade de umidade há possibilidade para a formação de nuvens carregadas. Essa condição se estende para todas as áreas da região norte, com destaque para o Tocantins e o sul do Pará que podem ter chuvas com acumulados expressivos em um curto período de tempo, e ao longo do dia podem ultrapassar os 50 mm de acumulado. Já na grande região de Tomé-Açu e áreas próximas, no Nordeste Paraense, o posicionamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) favorece a formação de temporais que podem ser localmente fortes.

Região Nordeste
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), atua diretamente sobre a região norte do nordeste. Dessa forma, são esperados acumulados significativos ao norte do estado do Maranhão, Piauí e Ceará. Vale destacar que essas chuvas no MA, serão mais abrangentes e os maiores acumulados ficarão na faixa norte do estado, onde há indícios de superar a marca dos 70 mm em algumas localidades. No entanto, as pancadas serão mais isoladas entre o Piauí e Ceará, podendo haver a formação de temporais, também isolados, mas mal distribuídos nos estados vizinhos como Rio Grande do Norte, Paraiba e Pernambuco. A condição de tempo seco prevalece em boa parte da BA, mas devido a presença de instabilidades de altitude, pode ocorrer pancadas de chuva no litoral sul do estado.

Região Centro-Oeste
O fortalecimento da Alta da Bolívia, um sistema de circulação de alta pressão a uma altitude de 10 ~ 12 km, juntamente com o forte calor, propicia o levantamento do ar.  Além disso, o transporte do ar quente e úmido da região amazônica pelos Jatos de Baixos Níveis (os rios voadores) aumentam a quantidade de umidade necessária para a formação de temporais. Deste modo, em todas as áreas da região centro-oeste tem condições para a ocorrência de chuvas, que podem ser formadas a qualquer hora do dia e com potencial para serem localmente fortes. Apesar disso, essas condições são menores ao sul do Mato Grosso do Sul  e no entorno do Distrito Federal, ao leste do estado de Goiás.  

Região Sudeste
Para hoje, a frente fria fica de forma “estacionada” sobre parte da região sudeste. Assim, em boa parte do estado de São Paulo o tempo fica mais encoberto e há condições para pancadas de chuvas. Além do que, uma região de baixa pressão em conjunto com a umidade do mar, fortalece as instabilidades no sudeste e leste do estado de São Paulo, onde estão previstos acumulados expressivos que podem superar os 60 mm e condições para chuvas volumosas em um curto período de tempo. As instabilidades também estão presentes no sul fluminense e em parte do Nordeste mineiro. Já nas demais áreas, o tempo tem menos condições para chuvas, mas o forte calor pode provocar temporais isolados e mal distribuídos.

Região Sul
Com o rápido avanço do sistema frontal, grande parte do estado do Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina voltará a ter o predomínio da massa de ar mais seco, o tempo terá bastante variação de nuvens no decorrer do dia, mas poucas chances de chuvas nessas áreas. Esta condição é resultado da atuação da região de alta pressão na retaguarda da frente fria. Contudo, ainda há forte influência do sistema frontal sobre o leste do estado de Santa Catarina e leste do estado do Paraná. Ademais, em conjunto com as instabilidades da frente fria, a presença de uma região de baixa pressão no litoral do Paraná e a umidade do mar, fortalecem as condições para pancadas de chuvas fortes, principalmente no leste do Paraná e na grande região de Joinville ao norte do estado de Santa Catarina. Os acumulados podem ser expressivos e ultrapassar os 40 mm ao final do dia. 

Fonte: Agrolink

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