25
mar
2014
Agrometrika divulga balanço sobre plantio e colheita de milho e soja

 

Após realizar um estudo sobre o atual cenário da colheita de soja e do plantio de milho nas principais regiões produtoras do Brasil, a Agrometrika divulgou nesta segunda-feira (24.03) o estágio em que se encontram as lavouras de 11 estados do país.

PI: As sojas de ciclo precoce não estão rendendo o esperado, com produtividade média, até o momento, de 40 sacas por hectare. Porém, as variedades de ciclo médio e tardio estão em boas condições. Os sindicatos fizeram um levantamento recente e rebaixaram a estimativa de produtividade da soja no estado. O veranico em fevereiro reduziu o potencial produtivo das lavouras, causando perdas que podem chegar a 150 mil toneladas. A produtividade média estimada é por volta de 47 sacas, quatro sacas abaixo do esperado inicialmente.

A safrinha deve ter um incremento de 100% na área, passando de 20 mil para 40 mil hectares. O plantio do milho safrinha foi finalizado essa semana, portanto, uma parte do cereal foi plantado fora da janela ideal de cultivo. O clima nas últimas semanas vem sendo favorável ao desenvolvimento da cultura, mas ainda é cedo para estimar uma produtividade com precisão.



MA: 50% da colheita já foi realizada, sendo que as chuvas vêm atrasando a colheita da soja e o plantio do milho safrinha. A produtividade da soja está abaixo do esperado e apresenta certa irregularidade na Região de Gerais de Balsas, com média variando de 45 até 60 sacas por hectare. A estimativa de produtividade média para a região sul do estado é de 48 sacas por hectare. Ainda não se sabe o motivo exato dessa queda na produtividade, mas a falta de luminosidade no mês de dezembro pode ser uma das causas. Nas últimas semanas, foram identificados vários focos de ferrugem na soja tardia, o que pode reduzir ainda mais a produtividade das lavouras.



BA: A colheita da soja já se iniciou no Oeste Baiano. A estiagem nos meses de janeiro e fevereiro impactou negativamente na produtividade da oleaginosa. As áreas mais prejudicadas pela estiagem estão no município de Formosa do Rio Preto. As primeiras áreas colhidas com variedades precoces não estão rendendo o esperado. A produtividade está variando de 20 até 40 sacas. Nas regiões que não sofreram com a estiagem, a produtividade chega a 55 sacas por hectare. Com o início da colheita das variedades de ciclos médio e tardio, a média de produtividade deve se elevar um pouco. Fontes locais estimam que a produtividade média do oeste baiano deva ficar na faixa de 45 sacas por hectare.

O milho verão está apresentando nível de umidade muito elevado e por isso ainda não foi iniciada a sua colheita. Mas, as estimativas preliminares apontam quebra em torno de 15% a 20% na produtividade. No algodão a situação é boa, com chuvas regulares e previsão de boas precipitações para as próximas semanas.



MT: O excesso de chuvas, principalmente na região da BR-163, vem prejudicando a qualidade da soja. Além do elevado nível de umidade, nessa região alguns grãos chegaram a brotar na vagem, com perdas pontuais em talhões inteiros. Esse quadro de elevada umidade compromete a produtividade e o preço recebido pelo grão. A colheita chegou a 85% e a produtividade média do estado deve ficar na faixa de 53 sacas por hectare, número superior ao verificado na safra anterior.

Parte do milho safrinha foi semeado em março, o que aumenta os riscos para a cultura plantada fora do cronograma ideal. A produtividade do milho safrinha, ao fim da safra, deve ser inferior ao verificado na safra passada. O motivo está na redução do investimento na cultura, devido aos preços baixos do cereal no ano passado. O IMEA estima que a produtividade média do milho deve ficar na faixa de 88 sacas por hectare, 13 sacas abaixo da produtividade verificada na safra anterior. A semeadura do algodão foi finalizada nos primeiros dias do mês. O único impacto causado pelas chuvas incessantes foi o atraso no plantio, o que fez com que parte do algodão fosse plantado fora da janela ideal.



MS: A região sul do estado sofreu com períodos de estiagem entre o fim de 2013 e início de 2014, o que acabou prejudicando as lavouras de soja. A colheita da cultura já ultrapassou 90% e o plantio do milho safrinha chega a 80% da área projetada para a cultura. A produtividade média da soja dos municípios do sul do estado deve ficar entre 40 e 46 sacas. Na região norte, os problemas foram mais pontuais, com produtividade média acima de 50 sacas.

Cerca de 30% do milho safrinha será plantado fora da janela ideal, o que diminuirá a produtividade média das lavouras.



PR: O Paraná foi um dos estados que mais sofreu com a estiagem e o calor nos meses de janeiro e fevereiro. As regiões mais afetadas são a de Cornélio Procópio e Jacarezinho, onde há quebra superior a 40% na soja. As regiões de Londrina e Maringá também foram afetadas, mas em menor magnitude. Na região de Foz do Iguaçu, as produtividades ficaram bem abaixo do esperado no início da safra, com perdas de 25% a 35%. Por outro lado, as regiões de Cascavel, Toledo, Ponta Grossa, Castro e Guarapuava registraram boas produtividades na oleaginosa.

O milho safrinha está com 93% da área semeada. Mesmo com a redução do investimento na cultura, a expectativa é de produtividade acima da verificada no ano passado, quando a cultura sofreu com fortes chuvas de granizo. Os produtores paranaenses não estão animados com o trigo para a safra de inverno; o maior fator desestimulante é a incerteza quanto à comercialização, por conta da forte importação brasileira de trigo.



SP: As principais regiões produtoras de soja do estado tiveram problemas com a escassez de chuva em fevereiro. As regiões de Assis e Itapeva registraram queda expressiva na produtividade. Em Cândido Mota, a produtividade média deve ficar na faixa de 30 a 35 sacas por hectare. Em Itapeva, por ser uma região com grande proporção de áreas irrigadas, a produtividade deve ser mais elevada, em torno de 40 a 45 sacas por hectare. O milho verão também foi bastante prejudicado, com quebra esperada de 30% na produção estadual.

A safra de cana-de-açúcar, principal cultura do estado, deve ser entre 10% e 15% menor do que o esperado. A colheita, que normalmente começa no fim de março, deve iniciar-se em abril, por conta do atraso no desenvolvimento da cana. Entretanto, cerca de 30 usinas estão antecipando a moagem de cana para fazer caixa. A estiagem e o forte calor também afetaram os pomares de laranja, que com grande incidência de frutos murchos e rachados, devem ter produtividade 15% abaixo do esperado.


SC: As adversidades climáticas causaram algum prejuízo às lavouras de soja no oeste do estado. As produtividades estão variando de 40 a 65 sacas; porém, a média deve ficar por volta de 50 sacas. A safra de milho foi boa, com problemas pontuais nas variedades mais tardias. A queda de produtividade do milho está sendo mais do que compensada pelo aumento do preço do cereal nas últimas semanas.



RS: A colheita de soja já chega a 8% no estado e os primeiros talhões apresentam produtividade dentro do esperado. Se esses níveis de produtividade se mantiverem até o final da colheita, o estado terá colhido a maior safra de soja da sua história. Diferentemente do que ocorreu nos demais estados, os produtores do RS não se prepararam adequadamente para o combate da Helicoverpa sp, muito em conta da distância geográfica entre os municípios gaúchos e os principais focos da praga, na BA e MT. Contudo, a lagarta chegou às lavouras de soja do estado e causou dor de cabeça e prejuízo aos produtores.

O tempo chuvoso está atrasando a colheita de arroz, que nessa semana atingiu 45% da área. A produtividade média nas regiões produtoras está variando de 150 a 170 sacas de 50 kg por hectare. Quanto ao milho, a área colhida já passa de 50%, com produtividade acima do esperado na maioria das regiões. Apenas as regiões de Passo Fundo e Ijuí tiveram algumas perdas pontuais.



MG: Apesar do aumento de 12% na área plantada com soja nessa safra, a produção deve ser somente 2% maior. Essa produção bem aquém do esperado é reflexo da estiagem que atingiu parte do país entre janeiro e fevereiro. As produtividades médias na região no Triângulo e no Noroeste do estado devem ficar na faixa de 35 a 45 sacas por hectare. Os produtores que apostaram na soja precoce conseguiram evitar maiores perdas. No sul de Minas, os produtores relataram perda na faixa de 30% nas safras de soja.

No milho verão, a situação é semelhante. A região Noroeste de Minas possui grande área irrigada, onde é cultivado o milho (região é grande produtora de semente) e o feijão no inverno. O baixo nível de rios e pequenas represas põem em risco a safra de inverno irrigada, pois pode faltar água para alimentar os pivôs.

No café, as perdas são estimadas em 30% para essa safra e 15% para a próxima (colheita em 2015). Entretanto, a elevação de mais de 60% no preço do grão no último mês traz algum alivio ao bolso do produtor.



GO: Na região de Rio Verde e Jataí, a colheita está na reta final, alcançando 95% da área. As produtividades foram muito irregulares, mas na média as perdas são de 20% a 30% em relação à expectativa inicial. O plantio do milho safrinha já foi finalizado, porém, cerca de 30% da área foi plantada fora da janela ideal de cultivo, o que pode prejudicar a produtividade média do cereal. O clima, por enquanto, vem contribuindo para o desenvolvimento da cultura. A região de Cristalina também sofreu com a falta de chuva e deve ter produtividade 15% abaixo do esperado. Cabe lembrar que essa região, no entorno de Brasília, possui grande proporção de áreas irrigadas.

Fonte: Agrolink com informações de assessoria

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