A temporada agrícola de trigo no Sul do Brasil continua a enfrentar obstáculos, conforme os agricultores se preparam para a safra de 2024. A preocupação crescente se concentra na qualidade das sementes, que sofreram impactos tanto em termos sanitários quanto fisiológicos devido às condições adversas da safra anterior.
Segundo Bruno Moncks, especialista em produção da GDM Seeds, as normas brasileiras para sementes estabelecem níveis mínimos de pureza física e germinação para os lotes de sementes. No entanto, para a safra atual, espera-se que alguns lotes atinjam apenas os níveis mínimos exigidos, com 98% de pureza e 80% de germinação. Isso implica que, em cada 100 sementes, duas podem ser inativas, deixando o produtor com apenas 78 sementes puras e viáveis.
A questão se complica ainda mais quando se considera a densidade de semeadura. Para alcançar o número ideal de plantas por metro linear, os agricultores precisam ajustar a quantidade de sementes. No entanto, muitos agricultores optam por calcular a quantidade de sementes por hectare, o que exige considerar o peso de mil sementes (PMS). Com a média atual de PMS reduzida, em torno de 25 gramas, em comparação com os 34 gramas padrão, os agricultores correm o risco de semear uma quantidade excessiva de sementes, levando a uma superpopulação no campo.
Para enfrentar esse desafio, Bruno Moncks enfatiza a necessidade de revisar os cálculos de semeadura com base nas informações específicas dos lotes adquiridos, em vez de seguir os padrões dos anos anteriores. Ele destaca a importância de utilizar ferramentas disponíveis, como a calculadora de densidade de semeadura oferecida pela Biotrigo em seu site e aplicativo, para orientar os agricultores nesse processo fudamental. Com a conscientização e os cuidados adequados com as sementes, os agricultores esperam maximizar suas chances de uma safra de trigo bem-sucedida em meio aos desafios impostos pela safra de 2023.
Fonte: Agrolink.
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