26
set
2014
Abiove estima nova safra de soja do Brasil em recorde de 91 mi t
SÃO PAULO (Reuters) - A safra de soja do Brasil deverá crescer 5,4 por cento e alcançar um recorde de 91 milhões de toneladas em 2014/15, favorecida por um aumento de área e produtividades melhores, estimou nesta quinta-feira a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), entidade que reúne as principais empresas do setor.
Para a safra 2013/14, já encerrada, a associação estimou volume de 86,3 milhões, 200 mil toneladas abaixo da estimativa anterior.
"Ainda vemos um pouco de aumento de área, porque o mercado se alterou bastante nos últimos meses (com queda de preços), mas os produtores já tinham tomado suas decisões meses atrás, com compra de insumos", observou o secretário-geral da Abiove, Fábio Trigueirinho.
Ele disse que a entidade e as indústrias são "conservadoras" ao estimar produtividade, diferente de algumas consultorias que observam o potencial máximo das lavouras.
"Em 30 milhões de hectares, tem que se pensar que vai dar algum problema pontual", disse. A produtividade por hectare é vista pela Abiove em cerca de 3,1 toneladas por hectare.
O crescimento da oferta deverá puxar também todos os outros indicadores do setor: volumes de exportação e esmagamento de grãos, produção de farelo e de óleo e os estoques.
O processamento de soja deverá subir para um recorde 38,3 milhões de toneladas em 2015, ante 36,8 milhões em 2014, permitindo um aumento de 1,2 milhão de toneladas na produção de farelo, para 29,1 milhão, e crescimento de 300 mil toneladas na produção de óleo de soja, que atingirá 7,4 milhões de toneladas.
Os estoques de grãos vão subir 51 por cento ao final de 2015, para 5,78 milhões de toneladas, maior nível desde 2011.
Segundo Trigueirinho, com bons estoques sendo carregados para 2016, a tendência é que os preços da soja se mantenham pressionados também ao longo da safra 2015/16.
"O estoque pode fazer com que os preços permaneçam num patamar mais pressionado, e vai induzir o mercado a reduzir a produção nos EUA e depois no Brasil... Vai inibir um pouco o plantio", disse Trigueirinho.
Os preços da soja no mercado internacional estão nos menores patamares em quatro anos, em um momento em que os Estados Unidos colhem uma safra recorde projetada em mais de 106 milhões de toneladas.
EXPORTAÇÃO
Em sua primeira projeção para a nova temporada, a associação também projetou embarques recordes da oleaginosa em 2015, de 48 milhões de toneladas, 3 milhões a mais que em 2014.
Para o executivo da Abiove, apesar da competição com a oferta dos EUA, o Brasil não terá grande dificuldade de encontrar mercado para este volume adicional.
"O mercado todo ano cresce 5 milhões de toneladas na China e mais algum volume em outras regiões... Preço mais baixo também estimula a demanda", afirmou Trigueirinho.
As exportações do complexo soja, que inclui grão, farelo e óleo, deverão cair para 23,676 bilhões de dólares em 2015, ante 29,661 bilhões em 2014, devido a um recuo nos preços internacionais.
O complexo soja é líder na pauta de exportações brasileiras.
Para a safra 2013/14, já encerrada, a associação estimou volume de 86,3 milhões, 200 mil toneladas abaixo da estimativa anterior.
"Ainda vemos um pouco de aumento de área, porque o mercado se alterou bastante nos últimos meses (com queda de preços), mas os produtores já tinham tomado suas decisões meses atrás, com compra de insumos", observou o secretário-geral da Abiove, Fábio Trigueirinho.
Ele disse que a entidade e as indústrias são "conservadoras" ao estimar produtividade, diferente de algumas consultorias que observam o potencial máximo das lavouras.
"Em 30 milhões de hectares, tem que se pensar que vai dar algum problema pontual", disse. A produtividade por hectare é vista pela Abiove em cerca de 3,1 toneladas por hectare.
O crescimento da oferta deverá puxar também todos os outros indicadores do setor: volumes de exportação e esmagamento de grãos, produção de farelo e de óleo e os estoques.
O processamento de soja deverá subir para um recorde 38,3 milhões de toneladas em 2015, ante 36,8 milhões em 2014, permitindo um aumento de 1,2 milhão de toneladas na produção de farelo, para 29,1 milhão, e crescimento de 300 mil toneladas na produção de óleo de soja, que atingirá 7,4 milhões de toneladas.
Os estoques de grãos vão subir 51 por cento ao final de 2015, para 5,78 milhões de toneladas, maior nível desde 2011.
Segundo Trigueirinho, com bons estoques sendo carregados para 2016, a tendência é que os preços da soja se mantenham pressionados também ao longo da safra 2015/16.
"O estoque pode fazer com que os preços permaneçam num patamar mais pressionado, e vai induzir o mercado a reduzir a produção nos EUA e depois no Brasil... Vai inibir um pouco o plantio", disse Trigueirinho.
Os preços da soja no mercado internacional estão nos menores patamares em quatro anos, em um momento em que os Estados Unidos colhem uma safra recorde projetada em mais de 106 milhões de toneladas.
EXPORTAÇÃO
Em sua primeira projeção para a nova temporada, a associação também projetou embarques recordes da oleaginosa em 2015, de 48 milhões de toneladas, 3 milhões a mais que em 2014.
Para o executivo da Abiove, apesar da competição com a oferta dos EUA, o Brasil não terá grande dificuldade de encontrar mercado para este volume adicional.
"O mercado todo ano cresce 5 milhões de toneladas na China e mais algum volume em outras regiões... Preço mais baixo também estimula a demanda", afirmou Trigueirinho.
As exportações do complexo soja, que inclui grão, farelo e óleo, deverão cair para 23,676 bilhões de dólares em 2015, ante 29,661 bilhões em 2014, devido a um recuo nos preços internacionais.
O complexo soja é líder na pauta de exportações brasileiras.
Fonte: Reuters