Nesta terça-feira (25.05) a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA) divulgou os dados da 8ª Pesquisa ABMRA Hábitos do Produtor Rural em uma coletiva de imprensa. A pesquisa ocorreu presencialmente e foi realizada entre outubro de 2020 e janeiro de 2021 com 3.048 produtores rurais (homens e mulheres com poder de decisão, de propriedades de pequeno, médio e grande portes) de 16 estados de todas as regiões do país, abrangendo 14 culturas agrícolas e 4 atividades animais.
A pesquisa evidenciou o avanço das ferramentas de comunicação no campo: 94% dos produtores têm smartphone, contra 61% na pesquisa anterior, realizada em 2017. Outro ponto importante é a maior oferta de internet no meio rural, disponível para 91% dos produtores de animais e 88% para os agricultores. 57% dos entrevistados usam a rede 15 ou mais vezes por dia. Previsão do tempo e informação são os principais conteúdos buscados por agricultores e criadores.
De acordo com os dados da ABMRA, 74% dos produtores usam a internet para se atualizar. O levantamento comprova a relevância do Whatsapp como meio de comunicação digital, 76% dos produtores usam a plataforma para realizar negócios. O Facebook continua sendo importante como rede social e o YouTube quase triplicou de importância em relação à pesquisa de 2017.
O Portal Agrolink, que também acompanha a evolução da internet, comprova que os hábitos dos usuários estão mudando de acordo com o perfil atual do produtor rural. Hoje, a maior parte dos acessos ao portal é feita através de dispositivos móveis, como celulares e tablets. “Notamos a necessidade do produtor rural em estar conectado e estendemos nossa comunicação, estamos presentes no WhatsApp com o disparo diário de notícias via lista de transmissão, no YouTube com reportagens em vídeos, no Spotify com reprodução de Podcast diário, além do Facebook, Twitter e Linkedin. Entendendo às devidas necessidades, ainda lançaremos nem breve uma plataforma especializada em cursos EAD”, ressalta a diretora do Portal Agrolink, Nadia Borges.
Entre os meios de comunicação tradicionais, os produtores preferem a tv aberta, seguida por rádio, tv especializada, jornal e revista. “Destaco a resiliência do meio rádio, que permanece muito importante no meio rural e também a confiança dos agricultores e criadores nas revistas e jornais. Um em cada quatro produtores participantes da pesquisa (26%) disse que “a revista é muito importante para me manter informado sobre o setor rural” e 30% destacaram que “jornais e revistas do agronegócio ajudam os profissionais do campo a inovar e aumentar os seus ganhos”. “O que vemos é a convergência de vários meios de comunicação com a necessidade de agilidade na tomada de decisão e interação, fator já previsto na 7ª Pesquisa ABMRA Hábitos do Produtor Rural, de 2017”, ressalta Jorge Espanha.
Dados da pesquisa mostram que 64% dos produtores rurais sentiram baixo impacto da pandemia nos seus negócios. Por conta disso, 86% deles não fizeram qualquer mudança na administração de suas propriedades e 78% mantêm os planos de investimentos durante a crise sanitária. Já em relação aos eventos, é importante destacar que a pandemia mudou a realidade. Dias de campo, feiras, exposições, congressos e outros se tornaram virtuais. “O produtor rural continua preferindo os eventos técnicos e comerciais, porém aguardam com expectativa as edições presenciais. A 8ª Pesquisa ABMRA Hábitos do Produtor Rural identificou que 39% dos agricultores e criadores foram a eventos presenciais antes da pandemia e que 58% deles pretendem ir no futuro. Essa resposta foi praticamente unânime: os produtores rurais desejam a volta dos eventos presenciais”, aponta Ricardo Nicodemos.
Fonte: Agrolink
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