“Que Momento Impressionante do Agronegócio”. A afirmação é do professor Marcos Fava Neves, Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV em São Paulo. De acordo com ele, que também é especialista em planejamento estratégico do agronegócio, no mercado de commodities (estatísticas do Valor Data) os preços da soja e do milho na Bolsa de Chicago fecharam o mês de fevereiro de 2021 com altas na ordem de 50% e 40%, respectivamente, em comparação aos valores do mesmo mês no ano passado.
“Outras commodities negociadas na bolsa de Nova York também tiveram crescimento significativos, como o açúcar (+10%), o suco de laranja (+15%), o café (+20%) e o algodão (+30%). Esse comportamento se sustenta pela expectativa de recuperação econômica mundial, políticas monetárias e fiscais, enfraquecimento do dólar e aumento da inflação”, aponta ele.
Os cinco fatos do agro para acompanhar diariamente em fevereiro, de acordo com Fava Neves, são:
a) Com as chuvas praticamente consolidadas na primeira safra, agora é na segunda que reside a preocupação principal, com ênfase no milho e em suas produtividades e produções. Fora isso, observar os atrasos de colheita da primeira safra devido às chuvas, aumentando ainda mais o risco da segunda. O clima também está perturbando a Argentina;
b) Demanda mundial: as importações na Ásia e outros países em carnes, grãos e outros produtos, além de um possível novo surto de peste suína africana na China a ser observado;
c) A recente instabilidade política com a situação da Petrobras e sua influência sobre o otimismo, crescimento e principalmente taxa de câmbio;
d) A segunda onda da Covid-19, o processo de vacinação, os mecanismos de apoio e a garantia de renda e a performance do mercado consumidor;
e) As expectativas de plantios, áreas e produtividades da mega safra norte-americana. Qualquer problema climático será grave aos preços.
Fonte: Agrolink
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