“Temos que agradecer janeiro, uma coleção de bons números!” A afirmação é do professor Marcos Fava Neves, Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV em São Paulo. De acordo com ele, que também é especialista em planejamento estratégico do agronegócio, os indicadores foram otimistas no primeiro mês do ano, e as perspectivas são melhores ainda para os meses à frente.
“O Inmet (Instituto Nacional de Meterologia) prevê, para o mês de fevereiro, tendências positivas de chuvas para a região Sul do Brasil e Central do país, enquanto o Matopiba deve registrar volumes irregulares, com até 70 mm a menos que o normal. No mercado de fertilizantes, são observadas tendências positivas para o ano de 2021, podendo este chegar aos 40 milhões de toneladas. As vendas em janeiro dispararam”, elenca Fava Neves.
O especialista destaca ainda as vendas domésticas de máquinas agrícolas e rodoviárias, que somaram 47 mil unidades em 2020, valor 7,3% superior ao de 2019: "Para 2021, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) estima que as vendas cresçam 7%, apesar de os recursos do Moderfrota já terem se esgotado".
Os cinco fatos do agro para acompanhar diariamente em fevereiro, de acordo com Fava Neves, são:
a) Com as chuvas praticamente consolidadas na primeira safra, agora é na segunda que reside a preocupação principal, com ênfase no milho e em suas produtividades e produções;
b) As importações na Ásia e outros países em carnes, grãos e outros produtos;
c) Movimentos pró-reformas com a eleição de candidatos apoiados pelo presidente, tanto no Senado quanto na Câmara, e a influência sobre o otimismo, crescimento e principalmente taxa de câmbio;
d) A segunda onda da Covid-19, o processo de vacinação, os mecanismos de apoio e a garantia de renda e a performance do mercado consumidor;
e) As expectativas de plantios, áreas e produtividades da mega safra norte-americana. Qualquer problema climático será grave aos preços.
Fonte: Agrolink
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