O clima foi o grande responsável pela queda da produtividade e da qualidade do trigo brasileiro, especialmente do sul do País, na opinião do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.
A afirmação foi feita durante a audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (21/10), que reuniu representantes de governo, indústria, produtores, instituições financeiras e cooperativas. “O excesso de chuva na hora da colheita e da maturação, em determinadas regiões, gerou o aparecimento de doenças que não puderam ser combatidas”, explicou o minsitro.
Para Stephanes existem questões a serem resolvidas, neste momento. A primeira é a importação de trigo da Argentina; a segunda é a comercialização do volume estocado no País desde o ano passado e que está em boas condições de ser usado na fabricação de pães e massas. O trigo que perdeu qualidade e não serve para essa produção, mas que pode ser destinado à ração animal é outro ponto. “Temos que analisar o que fazer para sustentar a comercialização desse trigo, já que ele perde muito o seu valor”, disse.
O ministro enumerou as três principais ações do governo para garantir o abastecimento e os preços do trigo no Brasil: suspender a licença de importação automática da Argentina, aumentar em 35% a alíquota de importação quando a compra não for de países do Mercosul e apoiar a comercialização do produto. Essa última medida tem o propósito de sustentar a diferença entre o preço mínimo de R$ 530/tonelada e o preço de mercado, que hoje é de R$ 480/tonelada.
Fonte: Eline Santos - MAPA