Vinte anos após a primeira variedade geneticamente modificada (GM) ter sido comercializada, está comprovado que os trangênicos não provocam nenhum dano às pessoas ou ao ecossistema. Essa é a conclusão de Bruce Chassy, professor emérito de ciências dos alimentos e nutrição da Universidade de Illinois (Urbana-Champaign/EUA).
Segundo ele, foram feitos milhares de estudos e pesquisas comprovando que “os alimentos GM não oferecem nenhum risco especial aos consumidores ou ao meio ambiente”. A afirmação foi feita na reunião anual do American Association for the Advancement of Science.
Chassy vai além, e defende que o excesso de normas sobre as variedades transgênicas prejudicam o meio ambiente, reduzem a saúde mundial e oneram o consumidor. O especialista ressalta que os agricultores são os que confirmam as vantagens dos GM em primeira mão, através do rendimentos das lavouras, da diminuição da necessidade de mão de obra e, consequentemente, da ampliação dos lucros.
Por outro lado, explica, há redução no uso de agrotóxicos e nas emissões de gases de efeito estufa. Ele reclama do rigor das agências reguladoras, que exigem testes extensos e avaliações rigorosas que demoram de cinco a 10 anos, “desperdiçando recursos e desviando a atenção das reais questões de segurança alimentar”.
“Com mais da metade da população mundial hoje morando em países que têm adotado as variedades transgênicas, o certo seria reduzir o escrutínio regulatório de transgênicos a um nível que fosse comedido, baseado em avaliações de risco com base científica”, finaliza Chassy.
Autor: Leonardo Gottems
Fonte: Agrolink