Depois de acentuadas perdas, culminando com o limite de baixa desta terça-feira, as cotações da soja buscaram alguma recuperação, ainda que modesta, nesta quarta-feira nos futuros de Chicago.
A forte pressão dos últimos dias está associada ao aumento da produção da América do Sul – aumento da oferta - e à catástrofe natural e nuclear no Japão – redução da demanda. A preocupação com o crescimento da economia mundial continua no centro das atenções.
O Japão é um dos grandes importadores de alimentos e há muitas incertezas que postura será adotada pelos importadores e, de maneira geral, pelos investidores no decorrer dos próximos meses.
De qualquer maneira, fundos e especuladores se apresentaram de volta às compras, em razão da recente queda nos preços. As chuvas no Brasil estão trazendo transtornos de toda ordem.
No Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, o excesso de umidade está provocando atraso na colheita e perdas em quantidade e em qualidade. Agentes do mercado já questionam se realmente o país irá produzir uma safra superior a 70 milhões de tons.
O escoamento pelo Porto de Paranaguá segue atrofiado pelo excesso de chuvas – que complica o carregamento de navios – e pela interrupção de rodovias.
Olhando para frente, o governo chinês prevê redução de 11% no plantio da próxima safra de soja. Em decorrência, as compras externas devem ser ainda mais robustas na próxima temporada.
Para os EUA, consultores privados estimam plantio de 31,2 milhões de hectares, ante 31,32 milhões de hectares da estação passada. Apesar dos bons preços, milho, algodão e trigo de primavera estão mais atrativos para o produtor.
As primeiras projeções indicam colheita de 90,3 milhões de tons, ante 90,6 milhões de tons do último ano. Como se vê, as primeiras indicações mostram redução na safra do primeiro e do quarto maiores produtores de soja.
Restam ao segundo e ao terceiro, Brasil e Argentina, suprir o aumento da demanda. Ressalte-se, ainda, como ponto positivo, os atuais estoques relativamente apertados, sobretudo nos EUA.
A posição julho fechou a U$ 12,87, alta de 17 cents/bu e a posição julho, a U$ 12,9525, ganhos de 17,25 cents/bu.
Mercado interno – Mercado segue com movimentação limitada. A forte pressão externa verificada nos últimos dias afugentou os ofertadores, já que as indicações internas ficaram bastante baixas.
O porto de Paranaguá continua sofrendo dos mesmos problemas logísticos em razão do excesso de chuvas, embora algum carregamento tenha acontecido.
Indicações de compra em Paranaguá entre R$ 47,20 e R$ 48,00; em Ponta Grossa, entre R$ 45,00 e R$ 45,30 e, no oeste do estado, entre R$ 42,00 e R$ 42,50 por saca.
Fonte: Granoeste Corretora de Cereais e Sementes
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