O Brasil é um dos poucos países do mundo que pode ampliar a produção de alimentos com ganhos reais de produtividade e mantendo a salvo suas reservas naturais. A avaliação é do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. E reflete muito mais do que otimismo.
O ministro se baseia em estudos do próprio governo que indicam os rumos da produção agrícola nacional na próxima década. A estimativa é que o cultivo de grãos – arroz, feijão, milho, soja em grão e trigo – deve aumentar 23% até 2021, com expansão de 9,5% da área plantada.
“Nos próximos dez anos, nas estimativas mais conservadoras nossas, o crescimento do volume de alimentos produzidos no país representará um incremento de 33 milhões de toneladas à produção atual”, aposta Wagner Rossi. O estudo “Brasil – Projeções do Agronegócio 2010/2011 a 2020/2021”, elaborado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), aposta em um cenário factível.
O relatório aponta que, comparado à última década, haverá uma redução na quantidade de terra utilizada para o plantio de grãos. No início do século, a área de plantio da colheita cresceu 21%, em relação ao mesmo período no início dos anos 90. O estudo aponta ainda que o volume de grãos produzidos em 2010, equivalente a 142,9 milhões de toneladas, deve superar os 175,8 milhões de toneladas em 2021.
De acordo com o relatório elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, a produção de soja deve crescer 25,9% nos próximos dez anos. A projeção prevê 86,5 milhões de toneladas a serem colhidas dentro de uma década. No ano passado, a produção foi de 68,7 milhões de toneladas. “Cada vez mais a proteína é demandada no Brasil e no mundo. Temos todas as condições de continuar manter essa oferta, ainda que crescente”, destaca o ministro.
Depois da soja, o milho deve se sobressair na produção, podendo chegar a 65,5 milhões de toneladas no início da próxima década, o que representaria um crescimento de 23,8%. Em 2010, a produção foi de 52,9 milhões de toneladas. Segundo estimativas do governo, a área plantada do grão nos próximos anos subirá de 12,9 milhões de hectares para 13,3 milhões.
O cultivo de arroz pode subir de 12,5 milhões de toneladas, colhidos em 2010, para 13,7 milhões. Mesmo com aumento na produção, o grão se destacará com a maior redução de área plantada, passando de 2,56 milhões de hectares para 1,61 milhões de hectares. “Isso se deve à incorporação de tecnologia”, destaca Wagner Rossi.
Até 2021, a estimativa do governo é que a área total plantada com lavouras chegue a 68 milhões de hectares. Atualmente, a área é pouco superior a 62 milhões de hectares. A expansão deverá acontecer por conta do crescimento do plantio de soja, que passará de 24,74 milhões de hectares para 30 milhões de hectares, e da cana-de-açúcar, que deve saltar de 9,42 milhões de hectares para 11,52 milhões de hectares – principalmente destinada à produção de açúcar e álcool.
Fonte: MAPA
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